Com jeito meigo e uma história de vida inspiradora, a sister desponta na reta final do programa como uma das favoritas a abocanhar R$ 1,5 milhão
Mesmo antes de entrar na casa mais vigiada do Brasil, Gleici Damasceno precisou enfrentar um “paredão” logo de cara. De origem humilde e sempre batalhando para ajudar a família, a acreana contou com a ajuda de amigos para ir até Porto Velho (RO), onde aconteceu uma das primeiras seletivas do programa.
“Ela conversou com pessoas queridas, que fizeram uma vaquinha para ela poder participar daquela etapa, bancada pelos próprios participantes. A gente ficou muito esperançoso de vê-la na disputa”, conta o colega Maikom Amorim.
Os dois se conheceram quando ele se mudou para Rio Branco (AC) e começaram a militar juntos nos movimentos sociais. As lutas de Gleici por uma sociedade mais justa, aliás, começaram dentro de casa. Engajada, a jovem de 22 anos sempre se desdobrou para ajudar a mãe, Vanuzia, a criar os três filhos. E ainda correu atrás do sonho de ser a primeira da família a concluir o Ensino Médio e a chegar à faculdade.
“Gleici é muito forte e desde nova sabia que tinha de trabalhar bastante para conseguir as coisas na vida. Ela nunca gostou de se fazer de vítima”, explica Maikom, lembrando que a amiga, aos 12 anos, foi ganhar seu sustento como babá. “Ela entrou no BBB, justamente, para dar uma estabilidade a eles, uma condição melhor.”
Dez anos depois, Gleici já conseguiu realizar um desejo antigo. Ela cursa psicologia em uma universidade privada da capital acreana com auxílio do financiamento estudantil.
E, se tudo correr bem como vem rolando até aqui, ela se aproxima de alcançar mais uma meta. Ela é uma das favoritas do público (juntamente com Kaysar e a família Lima) e forte candidata ao prêmio de R$ 1,5 milhão.
O favoritismo, aliás, não surpreende Maikom. “Confesso que está tomando uma proporção maior do que eu imaginava, mas sempre acreditei no potencial dela. É uma menina bondosa, de caráter, que defende os amigos, e o público está vendo tudo isso”, pondera.
Dentro do confinamento, no entanto, a jovem enfrenta muita resistência.
“Cada berlinda é uma luta, a gente sempre fica muito apreensivo e só relaxa quando o Tiago Leifert dá o resultado. De domingo até terça, o coração fica apertado. Nada está decidido”, considera Maikom.
Para o acreano, aliás, a amiga é alvo dos colegas de confinamento graças à sua personalidade forte. “Pegam no pé de Gleici porque ela tem pensamento próprio e ninguém consegue manipulá-la. Dizem que ela é arrogante, mas não é: só faz questão de não se calar diante das ofensas.”
E por falar em ofensas, infelizmente a sister foi alvo de muitos boatos que questionaram desde a sua origem humilde até comentários de cunho racista. “É difícil lidar com as mentiras, mas a gente sabe a verdade e tenta passar isso para as pessoas. Gleici não merece sofrer preconceito porque você nunca vai vê-la sendo preconceituosa com ninguém”, arremata.
Para finalizar, Maikom tem na ponta da língua o porquê de Gleici merecer chegar à final e levar para casa o prêmio: “O caráter dela está acima de todo dinheiro”, dispara.Gleici começou a trabalhar aos 12 anos para ajudar a sua família