Apaixonado por natureza, o brother quer levar da casa uma mudinha de planta e dar aos filhos, Giovana e Benjamin, a infância que ele não pôde ter
Além do prêmio de R$ 1,5 milhão, Wagner está de olho em outra coisa na casa do Big Brother Brasil. E olha que não se trata de romance, muito menos de 15 minutos de fama. Se deixarem, ele pretende carregar uma das plantinhas do jardim para o seu apartamento em Curitiba (PR), como lembrança dos seus dias de confinamento. “Se deixarem, ele, com certeza, vai trazer uma muda para enfeitar o lar dele”, entrega Léia Santiago, irmã mais nova do competidor.
De origem caiçara, descendente de indígenas, o brother cresceu em Guaraqueçaba, no litoral paranaense, e ainda conserva o amor pela natureza e a simplicidade que aprendeu com os avós. “É um vilarejo que respira pesca, movido a muito verde… Uma das poucas regiões do Brasil que ainda conserva a Mata Atlântica em seu estado mais puro”, explica ela em entrevista à TITITI.
Contudo, engana-se quem acha que a vida do confinado foi plena calmaria, em meio aos passarinhos e às flores. Apesar de não se vitimizar em hora alguma no reality, o tatuador passou por perrengues ao se mudar com a mãe para a periferia de Curitiba há mais de 30 anos. “Nada na vida foi de mão beijada. Ele sofreu muito ao lado da minha mãe. Batalharam, aguentaram tantas coisas e chegaram até a morar num porão”, conta Léia, ao relembrar as dificuldades não só financeiras, mas também psicológicas. “Uma parte, creio, ele prefere não comentar. É a questão com o pai sempre ausente”, considera.
A arte foi uma válvula de escape para Wagner , que desde criança se dedicava aos cadernos de desenho. “Tem vários muros por aqui assinados por ele. E gosta tanto de desenhar que não bastou o papel e transferiu isso para a pele”, constata Léia, uma das primeiras a ser tatuada por ele.
Antes de se dedicar ao estúdio de tatuagem, Wagner deu aulas de educação infantil e enfrentou a dura realidade do sistema carcerário. Foi agente penitenciário e chegou a trabalhar como educador artístico em presídios do Paraná.
“Ele ficava muito mexido com a história das crianças, porque sempre trabalhou em lugares muito carentes. Sem contar as penitenciárias. Teve uma hora em que saturou dessa realidade e decidiu viver sua paixão pela arte.”
Não foi fácil a mudança. “Muita gente achou uma loucura trocar a estabilidade de funcionário público por uma coisa tão incerta. Fora que ainda há muito preconceito com quem é artista no Brasil.”
Alvo dos olhares das sisters do reality, e também de um brother, Wagner, segundo a maninha, desde a adolescência tem essa pinta de galã. “Era até convidado a participar de desfiles, inclusive na Espanha. Mas os holofotes não eram o lance dele”, conta.
Questionada se o irmão vai se envolver com alguém no confinamento, Léia foi categórica. “Já prevejo até quem (risos). Ele deixou claro o interesse pela Paula”, dispara. Segundo ela, Wagner já teve muitas namoradas e adora o tipo mulherão. “Ele gosta de mulher com M maiúsculo, poderosa, de gênio forte, não é muito da vibe menininha.”
Pai de Giovana e Benjamin, de relacionamentos anteriores, Wagner se desdobra no que pode para dar o melhor aos filhos. “Ele quer dar para eles o que ele nunca teve na infância”, assegura a mana.
Claro, com as verdinhas do BBB no bolso, ficaria tudo mais fácil. Mas o engraçado é que nem mesmo Léia sabe bem o que Wagner faria com R$ 1,5 milhão. “Não tenho muita ideia, mas ele deve ajudar a família e viajar, pois adora”, diz ela, que sabe na ponta da língua o porquê de o irmão merecer levar a bolada. “Ele é um cara simples como a gente e sempre lutou bastante sem precisar se vitimizar”, finaliza.