“Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas.” Esse foi o sábio conselho dado a Santa Mônica por um bispo, cuja memória litúrgica a Igreja celebra hoje, 27 de agosto. Santa Mônica é um exemplo profundo de fé e perseverança, especialmente para todas as mães cristãs. Com grande dedicação e oração, ela não se deixou abater pelas dificuldades até ver seu filho, Santo Agostinho, convertido ao cristianismo.
Papa Francisco
O Papa Francisco, em 2013, lembrou a vida de Santa Mônica e destacou o exemplo que ela representa para as mães que, hoje em dia, choram e rezam pelos seus filhos. “Quantas lágrimas derramou aquela santa mulher pela conversão do filho! E quantas mães, também hoje, vertem lágrimas a fim de que os seus filhos voltem para Cristo! Não percais a esperança na graça de Deus!“, exclamou o Papa, ressaltando a importância da confiança na divina providência.
História de Santa Mônica
Santa Mônica nasceu em 331, em Tagaste, na atual Argélia. Desde jovem, foi dada em casamento a Patrício, um homem violento e infiel. No entanto, em vez de se deixar abater pelas adversidades, Mônica encontrou força na oração e na mansidão. Ela acreditava firmemente que, em vez de responder com raiva, deveria manter a paz. Foi através dessa postura serena e de suas orações fervorosas que ela conseguiu converter seu marido, que se batizou e morreu como um bom cristão.
Agostinho, filho de Santa Mônica
Entretanto, o maior desafio de Santa Mônica foi com seu filho, Agostinho. Embora brilhante intelectualmente, Agostinho levava uma vida distante da fé cristã, mergulhado em atitudes egoístas e caprichosas. Mônica, no entanto, nunca desistiu de rezar por sua conversão, suportando com paciência e esperança todos os obstáculos que surgiam.
A busca de Agostinho por respostas o levou a várias cidades, de Cartago a Roma e, finalmente, a Milão. Lá, ele abraçou o maniqueísmo e rejeitou a fé cristã, o que só aumentou o sofrimento de sua mãe. Mas Santa Mônica, determinada e guiada por sua fé, seguiu seu filho, convencida de que ele um dia voltaria para Deus.
Batismo
Essa convicção se concretizou em 387, durante a Páscoa, quando Agostinho finalmente foi batizado. Para Santa Mônica, essa foi a realização de sua missão como mãe. No entanto, pouco tempo depois, ela adoeceu e faleceu no porto de Óstia, perto de Roma, em 27 de agosto daquele ano, tendo cumprido seu propósito de vida.
O papa Alexandre III, em 1153, reconheceu o exemplo extraordinário de Santa Mônica ao confirmá-la como padroeira das mães cristãs. Seu legado de fé e perseverança continua a inspirar mães ao redor do mundo a manterem a esperança e a confiança em Deus, independentemente das circunstâncias.
Santo Agostinho, que se tornou um dos maiores doutores da Igreja, sempre lembrou com carinho e gratidão o papel vital que sua mãe desempenhou em sua conversão. “Ela me gerou seja na sua carne para que eu viesse à luz do tempo, seja com o seu coração para que eu nascesse à luz da eternidade“, escreveu ele, reconhecendo o valor inestimável de suas orações e lágrimas.
Em um Ângelus em 27 de agosto de 2006, o Papa Bento XVI destacou a importância de seguir o exemplo de Santa Mônica e Santo Agostinho, confiando em Maria, Sede da Sabedoria, para guiar as famílias cristãs.
Resumo para quem está com pressa:
- Santa Mônica é celebrada hoje como padroeira das mães cristãs.
- Ela rezou incessantemente pela conversão de seu filho, Santo Agostinho.
- Mônica superou adversidades em seu casamento com fé e oração.
- Sua perseverança resultou na conversão de Agostinho durante a Páscoa de 387.
- Santa Mônica faleceu em 27 de agosto de 387, após ver seu filho convertido.
- O Papa Alexandre III a proclamou padroeira das mães cristãs em 1153.