Elon Musk pagou US$ 44 bilhões pelo Twitter em 2022, e a pergunta que não quer calar é: será que ele comprou para quebrar? Desde que o bilionário assumiu o comando, a plataforma, agora conhecida como “X” (porque aparentemente ele não gosta de coisas simples como palavras inteiras), tem enfrentado mais problemas que protagonista de novela mexicana. Com a possibilidade de fechar suas operações fora dos Estados Unidos, Musk parece estar testando se consegue transformar a rede social numa terra sem lei.
Anunciantes: Desculpa, Tô Fora
Apesar de os Estados Unidos terem uma legislação bem tranquilona em relação ao que pode ou não ser dito online, os maiores anunciantes do país resolveram dar tchauzinho para o Twitter. E Musk, como sempre, resolveu não deixar barato: decidiu processá-los! Porque, afinal, quem precisa de anunciantes quando se pode brigar com eles, não é mesmo? O problema é que, sem anúncios, o Twitter (ou X, para os íntimos) já está no vermelho. Resultado? Cortes e mais cortes, incluindo o fechamento da sede no Brasil, porque quem precisa de calor tropical quando se tem problemas globais?
Brasil, Juízes e Tweets – Um Drama Brasileiro
No Brasil, Musk decidiu que a culpa de tudo é do ministro Alexandre de Moraes, e não dos milhões que ele investiu na rede social. Ao invés de seguir as leis locais, ele optou por seguir seu próprio mantra libertário, dizendo que prefere fechar o escritório no Brasil a obedecer ordens judiciais. Parece que, para Musk, desobedecer é uma forma de arte, e agora o Twitter pode ser banido do Brasil a qualquer momento. Quem diria que o homem mais rico do mundo estaria em guerra com um país tropical?
Europa: Onde o Drama Se Torna Realidade
A União Europeia também não está muito impressionada com o jeito Musk de fazer negócios. Thierry Breton, o comissário da UE, está de olho na conformidade do X com as leis europeias, especialmente depois que Musk ajudou a inflamar os ânimos durante tumultos no Reino Unido. E, se você acha que a UE está só ameaçando, pense de novo. Agora, a possibilidade do banimento do X na Europa é tão real quanto as mensagens de sua tia no grupo de família.
Conflitos Globais e Comentários Apimentados
Musk não se contenta em brigar só com o Brasil e a Europa. No Reino Unido, ele disse que o país está virando um “estado policial”, e na Austrália, recusou-se a remover vídeos violentos do X, porque, claro, nada diz “liberdade de expressão” como desobedecer ordens judiciais. No Canadá, Musk riu na cara de um projeto de lei anti-ódio e ainda compartilhou teorias da conspiração, porque uma boa risada às custas de um governo nunca é demais, certo?
Silêncio
Agora, quando o assunto é China, Índia, ou Turquia, Musk adota a política do “silêncio é ouro”. Aparentemente, quando você tem negócios bilionários nesses países, a liberdade de expressão é um conceito bem mais flexível. Em vez de fazer discursos inflamados, ele se contenta em obedecer as leis locais, especialmente quando essas leis incluem remover qualquer coisa que os governos desses países não gostem. E vamos ser honestos: quando o dinheiro fala, até o Twitter escuta.
O Ódio Como Negócio?
Enquanto Musk se diverte jogando gasolina na fogueira, ele também parece ter encontrado um modelo de negócios que funciona: engajamento a qualquer custo. Com os grandes anunciantes fora do jogo, o Twitter depende cada vez mais de anúncios baratos – muitos dos quais são, ironicamente, golpes para os próprios usuários da plataforma. E assim, o Twitter de Musk vai caminhando, talvez rumo ao colapso, mas pelo menos com muito barulho no caminho.
Resumo para quem está com pressa:
- Elon Musk está levando o Twitter por um caminho cheio de problemas legais e risco de banimento em vários países.
- A fuga dos anunciantes agrava a crise financeira da plataforma.
- No Brasil, Musk bate de frente com a justiça e pode acabar vendo o Twitter banido.
- A União Europeia está investigando o Twitter, considerando seriamente o banimento.
- Musk adota uma postura combativa nas democracias, mas faz vista grossa em regimes autoritários.
- O Twitter pode estar se sustentando num modelo de negócios baseado em ódio e controvérsia.