Separado de Julia Lemmertz, após 22 anos, o ator cura as feridas fazendo as pessoas sorrirem
Duplamente no ar, Alexandre Borges tem a chance de
comprovar, mais uma vez, toda a sua
versatilidade como ator. Na reprise de Caminho das Índias (2009), ele é
o empresário Raul, que trai a mulher com a melhor amiga. Já em I Love
Paraisópolis, Alexandre vive o Jurandir, um tremendo trambiqueiro. “Jurandir
está desempregado há muito tempo. Até entrar de novo no mercado de trabalho,
tem que viver de bicos, como instalar TV a cabo clandestina, conhecida no Rio
como Gato Net, apostar na briga de galo, jogar dominó por dinheiro, revender
peças de carro ou ser babá de cachorro. Mas é um pai de família que prezou pela
educação das filhas, Danda (Tatá Werneck) e Mari (Bruna Marquezine). Tentou
passar pra elas noções de bondade, de garra, de saber se defender e que vive
tentando reconquistar a mulher, Eva (Soraya Ravenle)”, defende. Mas se na vida
profissional o momento é de alegria, na pessoal ele não pode dizer o mesmo.
Afinal, seu longo casamento de 22 anos com Julia Lemmertz chegou ao fim, há
dois meses. Os dois evitam abordar o assunto para preservar Miguel, filho do
casal de 14 anos, mas Alexandre afirmou à coluna Retratos da Vida, do jornal
Extra: “Foi uma vida que passamos juntos. Nos falamos com frequência. Gosto
muito dela, mas resolvemos cada um ficar na sua!”. Vida que segue!
HUMOR NA VEIA
“Gosto de trabalhar com humor. Jurandir não é um biscateiro
que corre atrás. É um cara mais abusadão. Faz bicos na comunidade pra se
manter. Ele cansou de procurar emprego e acha que o emprego é que tem que
procurar ele”, diverte-se o paulista, de 49 anos.
ENTREGA PRA DEUS
Alexandre garante que não tem preferência por nenhum tipo de
personagem na TV. “No teatro você ainda tem um controle maior sobre isso, mas
na TV… Deixa na mão do destino”, diz ele, que confessa já ter tremido frente
a alguns papéis! “O Jacques Leclair, de TiTiTi (2010), foi um deles. Quando me
chamaram fiquei na dúvida. Pensei: ‘Caramba, será que vou saber fazer esse
costureiro? Será que é para mim’. Eu e Jorginho (Jorge Fernando, diretor)
conversamos muito. E a novela trouxe um sucesso enorme para todo mundo. Foi
muito importante na minha carreira”, conta.
TRÊS MULHERES
“Não esperava o sucesso que foi Avenida Brasil (2012) e o
Cadinho com aquelas três mulheres: Verônica (Débora Bloch), Alexia (Carolina
Ferraz) e Noêmia (Camila Morgado). Ele é um dos personagem mais populares da minha
carreira” admite o ator. “Avenida Brasil foi sucesso no mundo inteiro. Fui para
a Argentina, na festa de encerramento, e dei autógrafo até na França onde a
trama passa na Globo Internacional”, festeja.
MORALIDADE
Alexandre ressalta que personagens sem muita ética, como o
Cadinho, o Raul e o Jurandir, mas protegidos pela capa do humor, não estimulam
o público a cometer práticas incorretas. “Ninguém influencia ninguém a nada. E
o ator não tem que se preocupar muito com a moralidade. A gente tem que estar
livre para poder criar”, comenta.
WORKAHOLIC
Trabalhador compulsivo, depois de Caminho das Índias (2009),
Alexandre Borges emendou uma novela na outra: TiTiTi (2010), Avenida Brasil
(2012), Além do Horizonte (2013) e I Love Paraisópolis. “Tento aproveitar as
oportunidades. Tenho uma longa carreira pela frente e, se Deus quiser, ainda
tenho muita coisa ainda pra fazer”, torce o galã.