A apresentadora está sempre se reinventando com disposição e trabalho duro
Uma mulher inquieta. Assim é Ana Maria Braga. Aos 66 anos, a
apresentadora do Mais Você conta que seu segredo de bem-estar é o movimento.
“Trabalho bastante, ando muito e não fico parada”, diz em entrevista à MINHA
NOVELA. nos bastidores da gravação de seu programa. Fazer o que gosta também ajuda.
Ana é apaixonada por televisão e ter que acordar às 4 horas da manhã todo dia,
não tira o brilho do olhar ao comandar sua atração matinal, na Globo há 16
anos. “Amo o que faço. Cozinho há 30 anos para dentro e para fora, como
trabalho e diversão, se eu não gostar disso não tem muito sentido ficar
fazendo”, define.
RECEITA PREFERIDA
“Meu arroz e feijão são imbatíveis. E, como sou de origem
italiana, as massas eu faço em casa. E também faço comida espanhola, adoro uma
paella.”
FOGÃO A LENHA
“Tive fogão a lenha em todas as minhas casas, exatamente
pela minha origem interiorana. A melhor comida do mundo é que você faz no fogão
a lenha. Não tenho dúvida de que existe uma mística qualquer com aquela fumaça.
Fazendo a mesma comida no fogão a gás, com o mesmo tempero e o mesmo amor, fica
diferente.”
COMIDA DE AVÓ
“A bela comida de avó é um feijão bem feito! É coisa de
mineira mesmo, chamo de feijão encaralhado, que é muito especial. Mas meus
netinhos (Ana é avó de Joana, Bento e Maria) estão na fase do bolo, que faço
para eles em casa. Adoram!”
CARA FEIA PARA RECEITA
“Só não gosto de fazer carneiro, porque não gosto mesmo! Não
curto o cheiro, só como obrigada pela profissão. Às vezes, tenho que provar um
carneiro, mas a minha nota para essa receita não vale. Tirando isso, como
qualquer coisa.”
16 ANOS DE MAIS VOCÊ
“Temos uma pesquisa que mostra que a gente atinge todos os
públicos. Falamos para a dona de casa, a dona de casa jovem, a criança –
através do Louro José. O Mais Você fala também com o homem, porque senão não
manteria – e aumentaria – a audiência que eu ganho do Bom Dia Brasil. Temos um
mix de perfil de audiência. É um programa de prestação de serviço, que vem
mudando de cara ao longo dos anos. Temos um faro muito afinado, porque fomos
aprendendo. Quando começamos a cansar de algo, a gente sabe que é a hora de
mudar. Então, rola uma mudança sutil.”
PIONEIRISMO
“Existe espaço e novos horários para esses programas. Fico
lisonjeada, porque na área da culinária, quanto mais possibilidades de
informação, melhor. Quando comecei a fazer culinária na TV, tinha a Ofélia
(Anunciato), num formato muito quadrado. A gente foi mostrando que tinha
espaço, se feito de uma forma mais criativa. Me sinto muito orgulhosa quando
vejo meninos que levei lá no Note e Anote, na época da Record, como o Edu Guedes,
por exemplo. A Palmirinha, que nunca tinha aparecido na TV e a primeira vez foi
no meu programa. Tem espaço para todo mundo e cada um tem um jeito.”
ESCRAVA DA AUDIÊNCIA
“Tem coisas que, mesmo sem audiência, mantemos. A mira não é
o número, é o acerto. Aquilo que não dá audiência, que o povo não quer ouvir
falar eu respeito, mas, às vezes, não podemos deixar de dar.”
MUDANÇA DE CABELO
“Resolvi deixar
crescer. E é uma complicação. Antes, eu tinha o fundo preto. Para manter a cor
clara, precisava descolorir. Por isso, nem cortava porque ele ia quebrando
naturalmente (risos). Ficava meio duro e quebrava tudo. Tem seis meses que
parei de colocar o preto. Meu cabelo é loiro e tenho fios brancos. Quis
facilitar a minha vida e deixar os brancos e tingir de loiro que estão
resistindo. Facilitou porque não aparece quando começa a crescer e parou de
quebrar. Ele não está ressecado, está sedoso e com brilho. Mas sou meio
camaleoa.”