A atriz está de volta à tela como a sensual Ritinha, de A Força do Querer
Há dois anos longe da TV, Isis Valverde volta ao ar em A Força do Querer como a sedutora Ritinha. Para contar a história da jovem que acredita ser uma sereia, a atriz precisou se dedicar bastante. Durante três meses foram 2h por dia treinando mergulho, mais as aulas para aprender a dançar o Carimbó. Mas parece que todo o esforço valeu a pena e a estrela está completamente entregue a esse trabalho. “Já estou apaixonada por ela, me envolvi muito. A Ritinha me faz muito feliz em cena, me divirto e me sinto muito livre”, derrete-se. E, mesmo antes de a novela ir ao ar, a mineira já pôde sentir na pele o barulho que a personagem vai fazer. A atriz gravou cenas no mercado Ver-o-Peso, em Belém do Pará, e foi uma loucura. “Eu tinha esquecido como era isso. A volta do contato com o público foi emocionante, senti um carinho muito grande”, lembra a atriz, que foi tietada principalmente pela garotada. “As crianças ficavam no meu colo, encantadas com o cabelão, as conchas…”, vibra a morena, que prefere não pensar nas meninas querendo entrar na onda do sereísmo: “As mães vão querer me matar (risos)!”
Preparação radical
Gravar com uma cauda de 30kg e ter que fazer firulas na água não deve ser nada fácil, mas Isis estava pronta para esse desafio. “No início eu achei que era impossível. Eu ficava 12 segundos debaixo d’água. Agora fico 2 minutos em apneia em movimento e 4 minutos estática”, explica a atriz, que sentiu dificuldade em nadar em alto-mar. “A cauda é muito pesada, mas dentro d’água tenho mobilidade. O mais difícil foi gravar com a água gelada, porque o tempo de apneia é muito curto. Como não podia usar um protetor de nariz, tive que aprender a lidar com a água entrando no meu nariz e sorrir, ficar bem plena (risos)”.
Outro ponto que exigiu treinamento da jovem foi o Carimbó, dança típica do Pará, onde se passa o início da trama. “Foram cinco dias de aula, mas, graças aos meus anos de balé clássico, aprendi rápido. Além de queimar muita caloria, é uma dança supersensual para a mulher, tem gingado. Indico a todo mundo, porque é impossível continuar triste após a aula do Carimbó. No dia em que dancei, terminei toda arrepiada, foi emocionante”, lembra.
Relação com a natureza
Assim como Ritinha, Isis cresceu em meio à natureza. Natural de Aiuruoca (MG), a atriz vê esse ponto em comum nas duas. “Sempre tento deixar a personagem o mais distante possível de mim, mas esse amor pela natureza, essa relação de bicho, de subir em árvore, ser moleca, tem muito a ver com a Isis”, lista. Além disso, a atriz é apaixonada por animais e conta que o convívio com os botos foi mágico. “No início foi bem assustador, porque eu não sabia como era o temperamento deles, então, tive que criar uma intimidade. Mas, depois, eu já estava nadando no meio deles, foi uma das sensações mais incríveis que eu já tive”, descreve ela, que passou a identificar cada animal: “Uma vez gravei numa praia e, depois, fui pra outra, bem distante. Quando estou lá, sinto a Estrela na minha perna, pedindo carinho. Eles são muito carinhosos, parece cachorro. Eu queria levar um para casa.”
De repente 30
A chegada dos 30 anos não gerou a famosa crise na atriz. Pelo contrário: foi um momento de amadurecimento. “Acordei, me olhei no espelho e comecei a rever um monte de coisa. A principal sensação foi: Acabou! Não sou mais uma garota, sou uma mulher. E vários medos, diversas coisas que batiam à minha porta, eu fechei ali. Mas não com dificuldade, com drama. Foi uma sensação muito poderosa que eu senti, de poder sobre mim” narra, emocionada. “Aprendi que a gente nunca vai agradar a todo mundo. Aprendi a me perdoar. Nós não somos anjos e nem demônios, somos os dois”, ensina a musa, que acredita ter perdido um pouco de sua ingenuidade. “Perdi a crença de acreditar que todo mundo quer o meu bem. Então tento driblar isso sem perder a minha bondade interior. A gente não pode deixar a vida nos deixar amarga”, explica a atriz, que passou a ver melhor quais são as prioridades da sua vida: “Primeiro vem a saúde, depois minha família e, em terceiro, meu trabalho. Eu tento não atropelar, porque senão acaba se perdendo no que é importante pra você de verdade!”