Ela conta como os valores de sua família armênia a ajudaram a entender o real espírito natalino
Natal é momento de celebrar com a família. E se tem alguém que representa o espírito de amor com seus entes queridos, é Geppina, personagem de Aracy Balabanian, em Sol Nascente. Na trama das 6, a italiana faz questão de reunir os filhos e os netos a cada refeição em sua acolhedora casa. O encontro entre os parentes ao redor da mesa também sempre fez parte da comemoração de Natal de Aracy. Descendente de armênios, a atriz revela como é a celebração da data em sua tradição familiar: “Os armênios foram um dos primeiros povos a assumir Cristo. Na minha casa, não tínhamos o hábito de comprar muitos presentes. O mais importante era o sentido da data.”
Celebrar o amor
Aos 76 anos, Aracy garante que o Natal representa a celebração do amor. “Quando minha afilhada (Antônia) nasceu, resolvi ensinar a ela o verdadeiro sentido da data. Noto que as pessoas não sabem o que representa o dia 25 de dezembro ou a véspera, o que significa a Missa do Galo ou mesmo o nascimento de Cristo… Isso tudo é muito importante”, discursa. O pai da atriz (Rafael) era comerciante e trabalhava na véspera do Natal. Por isso, a reunião com a família acontecia no dia 25. Mas uma coisa era certa: sempre havia uma ceia muito gostosa.
Parceria de sucesso
Além da família, Aracy adora viver rodeada pelos amigos. Uma das parcerias de sucesso, tanto na vida pessoal quanto na profissional, é com Walther Negrão, um dos autores de Sol Nascente, de quem é amiga há mais de 50 anos. “Eu acompanho o trabalho do Negrão há anos. Somos amigos há muito tempo. Dessa vez, calhou de trabalharmos juntos. Ele é bem humorado e divertido”, elogia. Aracy debutou em novelas numa obra de Negrão, Marcados Pelo Amor (1964), e em sua primeira experiência na TV Globo: O Primeiro Amor (1972).
Primeira vez juntos
Em Sol Nascente, além de realizar seu desejo de voltar a trabalhar com o autor, após 44 anos, ela contracena pela primeira vez com Francisco Cuoco. “Estou realizando um desejo das minhas irmãs (ela é a caçula de sete filhos). Elas tinham o sonho que eu contracenasse um dia com o Cuoco. Embora sejamos contemporâneos, nós nunca tínhamos nos cruzado. Agora formamos um casal, mesmo com bastante idade, mas felizes e apaixonados. Minhas irmãs não estão mais vivas, mas estão lá no céu felicíssimas de eu realizar o sonho delas”, conta.
Estrangeiros
Aracy já interpretou várias personagens de diferentes nacionalidades. Ela credita essa coincidência a seu tipo físico e, principalmente, à nossa miscigenação. “Não sou aquela brasileira típica. O Brasil é uma mistura de tudo. Nós somos todos estrangeiros: italianos, japoneses, nordestinos… O Brasil recebeu tão bem os Jogos Olímpicos pelo o fato da gente ser um pouco de tudo”, define.