Aos 55 anos, a atriz mineira Inês Peixoto faz sua segunda novela
“Salomé reencarnou em um espírito mais simples, mais aberto. Mas ela tem o pé na esquisitice, assim como foi na primeira fase. É uma figura da camada leve da vida. Tudo o que a Salomé antiga não queria ser. É maravilhoso! Ela é feliz com o que tem, diferente da outra Salomé que tinha mania de grandeza.”
“Eu procurei me inteirar de coisas práticas, que fazem parte da Salomé. Como procedimentos de camareira de hotel, como são os equipamentos de proteção individual, além de entender os direitos das diaristas. Tem toda uma metodologia de trabalho de camareira que investiguei.”
“Outro dia, eu estava numa padaria e fui abordada por uma funcionária. A menina do balcão falou para mim: ‘poxa, eu saio daqui todo dia muito cansada e vou correndo para a casa para ver a novela e adoro rir com a sua família’. Isso é um presentão para o ator: você também levar a alegria. A gente cumpre, dentro da novela, essa função de fazer respirar as situações dramáticas do dia a dia.”
“Uma das características mais legais da Salomé é que ela adora roupas retrô. Ela é pobre, mas gosta da moda. Isso é uma coisa que me liga muito à personagem. Que é uma coisa muito da realidade do Brasil, hoje. As pessoas podem não ter dinheiro, mas andam arrumadas. Algumas, usam roupas e acessórios falsificados, mas usam. Salomé é uma figura do brechó, que gosta de roupa colorida.”
“Sou adepta da moda retrô também. Eu sempre procuro grifes alternativas. Em Belo Horizonte, aonde moro, tem muitos estilistas bons. A gente tem um polo de moda bem bacana, que foge dessas grandes marcas internacionais. Sempre que eu posso, tento prestigiar uma pequena grife brasileira. Gosto de moda alternativa e simplicidade. Eu gosto da vida simples!”