Consagrado no filme Tim Maia, o ator é um velho amigo do cinema…
São quase 20 trabalhos na sétima arte, incluindo sucessos como Cidade de Deus (2002), Meu Nome Não é Johnny (2008) e, o papel que o consagrou: Tim Maia, no filme homônimo sobre o ídolo do ator carioca do Morro do Vidigal. Foi na comunidade que Alexandre da Silva Santana, o Babu, conheceu o teatro, apresentado a ele pela tia, e entrou para o grupo Nós do Morro, conhecido por lançar muitos talentos. “Achavam inviável alguém da favela estar no meio do teatro. Ao mesmo tempo, o Vidigal sempre foi cercado de artistas. Isso me fazia pensar ‘por que não?’. Me senti desafiado”, lembra Babu, de 36 anos, cujo apelido de infância “babuíno” foi diminuído e virou nome artístico. Trabalhador incansável, Babu vem emendando um trabalho no outro. Depois de I Love Paraisópolis (2015), na qual viveu Javai, ele atuou no filme Mundo Cão, em cartaz, e na série Os Suburbanos, como Welinto, cuja segunda temporada está rolando no canal Multishow. “Tenho orgulho e prazer por viver tipos populares. São pessoas que me agregam valores, me identifico com essa forma de viver”, diz Babu.
É a melhor de todas. Estamos com um time muito entrosado e nosso diretor (Luciano Sabino) sabe lidar muito bem com o improviso, o que todo o elenco faz muito bem. É bastante trabalho, mas é exaustão com alegria, porque o Rodrigo (Sant’Anna) não deixa a energia cair, ele é um dos astros do humor da atualidade.
É um tipo que deve ser representado e tenho orgulho e prazer de interpretar. Há estereótipos na sociedade, mas, aos poucos, estamos quebrando isso. Busco a humanização do personagem. O que me atraiu em atuar foi o estudo e a observação dos seres humanos. É algo do artista.
Sempre ouvi ‘você não é bonito’. Era desencorajado. E, hoje, vejo galãs que vieram do morro. Isso vai mudando. Uma hora a gente vê que os brutos também amam.
Fiz recentemente um médico homossexual do interior da Bahia, em um trabalho de estudantes da UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia), chamado Café com Canela. E foi muito divertido. Gostaria de fazer uma ficção científica e tenho o sonho de interpretar Othelo, de Shakespeare. Deixa eu envelhecer uns cinco anos.
Quero trabalhar até morrer. Minha morte ideal é que meus aparelhos parem de funcionar após a cortina fechar.
Há negociações para uma novela, mas nada certo. E, em breve, rodo o longa sobre o Maguila, que, assim como Tim Maia, também foi um herói pra mim. Ele está muito animado com o filme!