“Temos a consciência de que eles nos assistem e muitas vezes se espelham em nós”, diz a atriz que interpreta a doce irmã Cecília de Carinha de Anjo
É quase impossível não se encantar com a carismática e meiga irmã Cecília, de Carinha de Anjo. Interpretada por Bia Arantes, a personagem é uma segunda mãe para Dulce Maria e procura sempre fazer o bem ao próximo. Mas, ao mesmo tempo, Cecília vive com uma dúvida gigante e precisa escolher entre se tornar freira ou ficar ao lado do homem que ama: Gustavo (Carlo Porto). “Cecília tem uma história linda e um conflito existencial muito interessante. Eu acredito no amor e o quanto ele pode mudar uma pessoa e que vale a pena lutar por isso. É o que a Cecília faz, não somente pelo romance, mas também pela Dulce Maria”, diz Bia. A atriz mineira, de 24 anos, emplaca seu quinto trabalho na TV. A estreia foi na Globo como a vilã Duda, de Cama de Gato (2009), mas na pele da Alexia , a mocinha de Malhação Conectados (2011), que Bia caiu nas graças do público. “A Alexia me marcou muito, tendo um alcance de mídia que eu não esperava. Fiquei bem feliz. Eu tinha 18 anos e foi uma fase de grande aprendizado”, lembra. Mais madura, ela revela que trabalhar com crianças é um presente e, assim como a Cecília, também já teve momentos em que se sentiu dividida. “A decisão em seguir a carreira de atriz, por exemplo, é muito complicada. Nós sabe sabemos o quão difícil é conseguir adentrar nesse ramo e sobreviver dele”, desabafa.
A Alexia, de Malhação, foi muito marcante em sua carreira. O que você mais lembra dessa época?
Ela era doce e batalhadora, adorei interpretá-la! Fiz muitos amigos no elenco também, a equipe era unida e o clima ótimo. Só tenho lindas lembranças! Cresci bastante com esse projeto, tanto na carreira como na vida pessoal.
Carinha de Anjo é o seu primeiro trabalho para o público infantil…
Pois é, eu nunca havia trabalhado para esse público antes. Foi um grande presente e, ao mesmo tempo, uma grande responsabilidade, porque eu e todo o elenco estamos trabalhando para um público muito jovem e ainda em formação. Nós temos a consciência de que eles nos assistem e, muitas vezes, se espelham em nós. Mas no final do dia, é um trabalho muito gratificante que te faz crescer como ser humano e como atriz.
Qual foi a sua inspiração para interpretar a irmã Cecília?
Assisti a alguns filmes para me inspirar, vi também a versão original da novela para ter um parâmetro. Não quis deixar igual, porque a adaptação está sendo feita de forma única. É uma remasterização, mas que tem um toque nosso em cada personagem…
Tem muitas características em comum com sua personagem?
Temos algumas coisas em comum, sim. Adoramos crianças, por exemplo (risos). E eu procuro sempre fazer o bem também no meu dia a dia.
Cecília anda divida entre a vida religiosa e o Gustavo, o homem que ama. Você já passou por alguma situação parecida?
Acredito que todo mundo já tenha passado por isso. A decisão em seguir a carreira de atriz, por exemplo, é complicada. Fico imensamente feliz em ver que estou na carreira certa e que consigo viver dela.
Muitas crianças te param na rua por conta de Carinha de Anjo?
Sim, isso acontece sempre e é muito divertido. Eles me chamam pelo nome da personagem. Os adultos que acompanham a novela, geralmente, têm o olhar voltado mais para o meu par romântico do que para a Dulce Maria (risos). É uma delícia compartilhar com eles esse momento. Faz parte da magia da novela e isso me deixa muito feliz.
Além da novela, você tem outros projetos paralelos, não é mesmo?
Vou estrear dois longas. Um é Real – O Plano Por Trás da História, de Rodrigo Bittencourt, agora em maio. O outro, dirigido pelo Selton Mello, é O Filme da Minha Vida, mais para o segundo semestre.