A atriz fala sobre maternidade, romantismo e da parceria com o marido, o também ator Pedro Brandão
Perder o namorado em um acidente e decidir dar à luz a criança que estava esperando dele não é uma missão nada fácil. Ainda mais em plena década de 1940, em que as mulheres sofriam pelos valores impostos pela sociedade. Em Êta Mundo Bom!, esse é o drama de Maria, que, depois de passar por tanto sofrimento, ainda encarou a morte da mãe, Ana (Debora Olivieri). Mas, agora, a vida lhe sorri com um novo amor. Nos braços de Celso (Rainer Cadete), a criada conseguiu se reerguer e, com a ajuda do noivo, cria a filha, Aninha, e a irmã, Alice (Nathalia Costa). Para viver Maria, Bianca Bin emprestou sua paixão pelo marido, Pedro Brandão, para contracenar com ele nas primeiras cenas da novela. Além do desafio de formar um casal com Pedro na ficção, a paulista, de 25 anos, se destaca em sua sétima novela seguida, em muitas cenas de emoção e romantismo. Haja coração!
Maria, Maria
“Criar um filho sozinha, em plenos anos 1940, em que uma mãe solteira não era vista com bons olhos, é complicado. Maria enfrenta tudo pela filha. Ela se doa muito, é muito amor. Me lembra bastante a Amélia (de Joia Rara/ 2013), que também era mãe, foi presa, passou muita dificuldade e na mesma época. Elas se permeiam um pouco. O meu maior desafio é, estando fisicamente parecida com a Amélia, encontrar os diferenciais entre as duas. Claro que a história da Maria é completamente diferente, o tom das novelas também.”
Novela de época
“Eu adoro, principalmente, a caracterização. Me distancio da personagem por causa das roupas que não colocaria, do cabelo que jamais usaria. Me ajuda muito, porque não vejo a Bianca ali nunca. É muito rico.”
Emendando novelas
“Nunca escolhi os meus caminhos, os trabalhos vão se apresentando e eu dizendo sim. A vida me conduz. O que é legal nisso é que me sinto leve, eu tiro o peso das minhas costas, da responsabilidade das escolhas que faço. Ainda mais eu, que sou indecisa. Aos 12 anos, eu tinha certeza de que queria ser atriz. Hoje, com 25 anos, não tenho mais tanta certeza das coisas assim. Mas a carreira de atriz foi o meu maior acerto.”
Em cena com o marido
“Quando a gente foi gravar, absorvemos o nervosismo um do outro. Para Pedro, se fosse outra atriz seria mais fácil. Pra mim também seria melhor se fosse outro ator no lugar dele. A gente se lê no olhar. Nos preocupamos um com outro. Ficamos tensos de ter que acertar e nos cobramos demais.”
Choro em cena
“O Jorge (Fernando, diretor artístico da novela) me apresentou a personagem falando que eu ia ter que chorar muito e fiquei em pânico (risos). Na verdade, chorar não é o mais difícil. O complicado mesmo é a pressão. A gente entrar na cena pensando que tem que cair a lágrima. Maria é muito emotiva e romântica… É o drama dentro de uma novela leve.”
Choro em casa
“Sou uma mulher comum, como as outras. Choro muito, principalmente, na TPM. O Pedro já aprendeu a identificar esse meu momento e me respeita. Minha família é italiana, escandalosa, dramática…”
Bianca romântica?
“Eu era mais romântica quando menina. A maturidade me deixou menos, mas minha natureza é romântica. Amo poesia, ver filmes de romance e drama.”
Futura mamãe
“Não me sinto preparada para ser mãe. Acho que nunca vou me sentir… Mas quero muito, sei que vai ser minha fase mais plena e feliz. Vejo minhas amigas mães e observo que é uma missão. A sua visão de mundo muda completamente. Acho que vou me transformar quando chegar o bebê. Sigo a filosofia de que temos um tripé: mente, corpo e espiritualidade. Tento deixar ele alinhado, porque isso, pra mim, junto com a minha família, são a minha base.”