A atriz conta como foi a experiência de interpretar a sedutora Beatriz
Bruna Marquezine tem apenas 21 anos. Mas em seus 14 anos de carreira, ela já interpretou os mais diversos tipos de personagens. Da sofrida Salete, de Mulheres Apaixonadas (2003), passando pela deficiente visual Maria- -Flor, de América (2005), até a periguete Lurdinha, de Salve Jorge (2012). Mas, segundo a atriz, um dos maiores desafios que já enfrentou é a Beatriz, da série Nada Será Como Antes. Muito à frente do seu tempo (os anos 1950), Beatriz é regida pelo prazer e não tem pudores de se envolver com os irmãos Otaviano (Daniel de Oliveira) e Júlia (Letícia Colin). “Confesso que tive medo de interpretar essa mulher tão sedutora. Achei que eu era pouco para a Beatriz, que ela era mulher demais pra mim”, assume a carioca, que fala também sobre as cenas quentes com Letícia e como se preparou para cantar na trama: “Foi uma das cenas mais difíceis!”
Acredita que a Beatriz inaugura uma fase adulta em sua carreira?
Eu encaro a carreira de um ator como um caminho contínuo. Óbvio que é um papel desafiador. O público nunca me viu dessa maneira, eu não me via dessa forma. É muito interessante porque é uma oportunidade ótima de mostrar o meu trabalho e sair da zona de conforto da mocinha. Mas não vejo como um divisor de águas, é mais um passo.
Ficou com medo de fazer uma personagem mais sensual?
No início achei que eu era pouco para a Beatriz, que ela era mulher demais pra mim, que eu não tinha a maturidade e a experiência de vida para fazer uma mulher como ela, que eu não era capaz… Mas me apaixonei tanto pela história dela, que isso me fez pensar que eu me tornaria capaz ao longo do processo.
Como seus pais, Neide e Telmo, reagiram ao saberem que você teria de fazer cenas sensuais?
Desde o início meus pais sempre me apoiaram. Quando divulgaram a chamada da Beatriz, minha mãe foi uma das primeiras a ver. Ela sabia o quanto eu estava ansiosa para assistir a Beatriz nascer para o mundo. Ela sabe que a Beatriz é, sem dúvida, um dos papéis mais desafiadores que já fiz até hoje. Então ela está feliz, feliz por me ver feliz e orgulhosa do meu trabalho.
Você assiste suas cenas?
Claro. É necessário, é um ótimo termômetro. Sou muito crítica com o que vejo. Nesse caso, na série não, mas novela, que é uma obra aberta, posso ver o que aprimorar.
E esse triângulo sexual entre ela e os irmãos Otaviano e Júlia?
É uma história bonita de três jovens que se envolvem. É lindo ver a transformação da Júlia depois desse encontro explosivo com a Beatriz.
Você cantou na série. Como se preparou para essas cenas?
Acho que foi uma das cenas mais difíceis! Fiquei nervosa. The Man I Love é a única música que canto na série, então, ensaiei bastante com uma professora de canto.
Você faz planos para o futuro?
Prefiro não fazer planos, para evitar decepções. Confio no que Deus tem pra mim e vou vivendo um dia de cada vez.