A atriz ainda conta que se orgulha de sua independência
Em A Lei do Amor, Vitória emergiu do fundo do poço e está dando a volta por cima. Se, antes, a caçula da família Leitão vivia na corda bamba entre a loucura e a angústia, agora, está feliz ao lado de seu amado, Augusto (Ricardo Tozzi), e do filho, Caio. Intérprete de Vitória, Camila Morgado comemora a evolução da personagem. “A família é muito importante para ela, que foi manipulada pelos parentes, principalmente, pelo marido (Ciro, papel de Thiago Lacerda). Além de ter sofrido com a opressão da mãe, Magnólia (Vera Holtz)”, lembra Camila.
Cabeça no lugar
Apesar de Vitória estar em um momento de paz, Camila acredita não ter estrutura psicológica para viver uma relação como a de sua personagem com o Ciro. “Eu iria sair fora. Sou independente, tomo conta da minha vida”, conta Camila, que afirma ter a cabeça no lugar, quando o assunto é relacionamento. “Pode ser até que eu demore um tempo para perceber. Essas relações, como a que Vitória tinha, são muitas vezes doentias. E a pessoa não compreende bem, porque está apaixonada”, afirma a atriz, de 41 anos.
Colegas de trabalho
Se, na ficção, Ciro e Magnólia são os algozes de Vitória, na vida real, Thiago e Vera, são grandes amigos de Camila. Ela estreou na TV como Manoela, o par romântico do galã em A Casa das Sete Mulheres (2003). “Quando descobri que ia contracenar com o Thiago foi uma alegria imensa, porque já tínhamos muita intimidade. Ele é um grande parceiro, a gente se adora”, enaltece ela, que também não esconde a admiração por Vera, que já foi sua mãe em O Rebu (2014). “Vera e eu somos amigas de verdade. A gente se encontra toda semana. Fizemos uma peça (Palácio do Fim, em 2011), que emendamos com O Rebu. É mais fácil contracenar com quem se tem mais afinidade”, avisa a fluminense, nascida em Petrópolis (RJ).
Estudar sempre
Em sua quinta novela, Camila avalia que, sua evolução como atriz, se deve ao fato de ela adorar estudar. “Hoje, me sinto mais madura. Estar sempre praticando seu trabalho, faz com que você tenha domínio técnico. Mas isso pode ser um perigo, porque a gente pode se sentir segura e relaxar. É preciso estudar e rever questões”, ensina. “Não gosto de me acomodar. O mais importante é se preocupar se a mensagem do personagem está chegando ao público. Se isso acontece, minha função está sendo mantida”, conclui.