O mineiro, quase baiano, o ator ganha cada vez mais espaço em Alto Astral como o sedutor Tavares
Aos 33 anos, Carlo Porto vem conquistando, aos poucos, cada
vez mais espaço na trama de Alto Astral. Na pele do sedutor médico Tavares, o
ator – como um típico mineiro – come pelas beiradas sem pressa de conquistar o
sucesso. Natural de Governador Valadares, Carlo conta como tem conseguido
conciliar o trabalho no Rio de Janeiro, os estudos na Escola de Artes
Dramáticas, da USP (em São Paulo) e as visitas à família, que mora em Salvador
(Bahia). Sem frescuras, o bonitão também revela o que mais gosta numa mulher.
Confira!
Como o Tavares surgiu na sua vida?
Após um período na
Europa modelando, eu voltei e resolvi estudar. Foi quando me inscrevi na Escola
Superior de Artes Célia Helena (em São Paulo). Um tempo depois recebi um
convite para a Oficina de Atores da Globo. Vim para o Rio de Janeiro passar
oito, nove meses e acabei ficando quatro anos. Nesse período fiz alguns
trabalhos (Passione, Caras e Bocas, Lara Com Z) e entrei num projeto muito
especial da USP, que é a Escola de Artes Dramáticas. E me chamaram para o teste
para Alto Astral. Não foi nada fácil, por isso o gosto é de conquista. Ralei
por esse papel, tive menos de dois dias para preparar a cena para o teste e
procurei uma forma de lidar bem com a minha ansiedade.
Você nasceu em governador Valadares, morou com a família em
salvador, viveu fora do país, voltou para são Paulo e, agora, se divide entre o
Rio e SP. Como é isso?
Então, nasci em Minas, mas minha família foi toda morar em
Salvador, eu, inclusive, sou meio baiano. Meus pais se mudaram para a Bahia há
exatos 20 anos, e eu morei lá oito. Depois, fui para São Paulo modelar e surgiu
a oportunidade de trabalhar na Europa. Fui para ficar três meses e passei um
ano e meio. Não é mole se dividir, porque ainda visito meus pais (em Salvador)
sempre que posso, e tenho primos e tios em Minas, o que de tempos em tempos me
leva até lá. Vou conciliando tudo como posso.
Como foi esse período na Europa?
Não foi fácil. O trabalho começou a dar bastante certo, além
de que acaba sendo uma experiência muito boa porque te coloca em outro lugar.
Até então, eu tinha aquela relação de superproteção com os meus pais. Então,
morar fora foi e sempre será uma grande experiência para qualquer pessoa que
está caminhando para uma vida adulta. Quando voltei, já sabia o que queria pra
minha vida.
Ser tão lindo já chegou a atrapalhar a sua carreira de ator?
Não sou belo ao extremo para
atrapalhar (risos). Mas a gente acaba tendo que lidar com certo
preconceito por conta disso, porque as pessoas pensam que você só tem beleza
para oferecer e que não há conteúdo que valha a pena. Então, acabo me cobrando
mais em outros aspectos, porque a beleza chega antes de qualquer outra coisa.
E em relação às mulheres?
Como lidar com a
insegurança delas? É uma desconfiança louca por parte delas e isso fica ainda
maior quando você trabalha na TV. Tudo se eleva a uma potência bem considerável
e acaba sendo difícil encontrar uma parceira, uma companheira bacana. Falta
segurança.
Qual é o seu tipo de mulher?
Gosto de mulher
segura. Pode ser bonita sim, mas que tenha outros atributos, que não se
preocupe só com isso. Tem mulher que lida com a beleza de uma forma muito
errada.