Ela, que interpreta a Joana na série do SBT, conta como entrou para o mundo das séries e o segredo para conciliar tantos projetos
“Eu me considero mais artista do que atriz”. É assim que Christiana Ubach, de 29 anos, se define profissionalmente. A carioca, que escreve desde bem jovem, encontrou no balé outra forma de se expressar e, por último, conheceu o teatro. Mas foi em Malhação ID (2009) que ela conseguiu o seu primeiro papel de destaque, que a fez decolar na carreira de atriz. “Foi uma experiência ótima!”, conta. Após um ano de muito trabalho, atuando nas séries O Hipnotizador e PSI, ambas da HBO, a atriz protagoniza A Garota da Moto, seriado transmitido pelo SBT e, a partir de outubro, pelo canal FOX. A trama conta a história de Joana, mulher forte e capaz de tudo para proteger o filho: “Joana mostra a realidade de muitas mulheres que também são mães solteiras, trabalhadoras e esforçadas. Ela não é romantizada. Ela é real. E a realidade é muito dura”. Além da série, Christiana lança, em breve, o livro Zoológico de Fogo, e trabalha em um longa e dois curtas-metragens.
Guarda boas lembranças da Cristiana, de Malhação ID?
Eu lembro com muito carinho das pessoas que conheci. Até hoje falo com o João Maia, a Rafaela Ferreira e a Julia Bernat. Também tenho muito afeto pela equipe técnica. Foi uma experiência ótima!
Como você entrou para esse mundo dos seriados?
Tudo aconteceu de maneira natural e orgânica. Eu comecei em Vendemos Cadeiras (2010), no Multishow, que tinha o roteiro de um grande amigo meu: Matheus Souza. Ele me deu uma personagem incrível! Não parei mais. Por causa dos seriados, me mudei para São Paulo. Aqui, as pessoas assistem mais a séries.
Já se acostumou com a cidade?
Já sim. Adoro o ritmo de trabalho de São Paulo, mas não consigo esquecer o Rio de Janeiro. A minha família está lá e sempre viajo para visitá-los.
Como se preparou para interpretar a Joana, de A Garota da Moto?
Eu fiz uma preparação física intensa: aprendi a lutar e a andar de moto. A Joana é muito forte e quis deixar isso claro.
Gostou desses aprendizados?
Olha, sempre me interessei por luta e acredito que, em algum momento faria, independente da Joana. Mas dirigir moto, não. Nunca pensei.
Ter um filho em A Garota da Moto, despertou o seu lado maternal?
Sim. Despertou muito o meu lado maternal e, ao mesmo tempo, me tranquilizou. Tenho 29 anos e estou adorando essa fase da minha vida. No momento, não penso em ter filhos, mas notei que a minha relação com crianças é algo natural e especial. Quem sabe daqui há uns cinco anos…
Seu livro Zoológico de Fogo será lançado no Brasil e em Portugal. Você sempre curtiu escrever?
Sempre gostei de escrever. Na minha infância e adolescência, eu escrevia em diários. Depois, comecei a investir na carreira de bailarina. No meio de tudo isso, fiz faculdade de psicologia e só depois descobri o teatro. Quando comecei a escrever Zoológico de Fogo, tudo fluiu naturalmente. A personagem se escreveu praticamente sozinha.
Não pensa em fazer novela?
Se o projeto for bom, sim. Tem histórias que devem ser contadas, como A Garota da Moto.