Os olhos azuis e o sorriso encantador do ator deixam qualquer um sem ar
É inegável a fama de bom moço de Klebber Toledo. Mas muito se engana quem acha que paulista, de 29 anos, é um anjo. “Não sou tão bonzinho assim”, garante ele, que, em dez anos de carreira fez apenas dois “mocinhos”: em Malhação (2007) e em Império (2014). Em Êta Mundo Bom!, Klebber incorpora mais um tipo de caráter duvidoso à sua galeria de personagens. “Romeu é um malandro, mas cresceu sozinho e precisou da malandragem para vencer na vida. Acredito que ele não saiba viver de outra forma e, então, acaba se divertindo com os golpes que aplica. Não é mau, um assassino… É 171”, defende Klebber, que, depois de dois anos solteiro, tem sido visto na companhia da atriz e apresentadora Monica Iozzi.
Na trama de Walcyr Carrasco, Romeu vende pontes, viadudos, falsos bilhetes de loteria e, durante um de seus golpes, ao fingir comprar a fazendo Dom Pedro II, acaba caindo de amores pela ingênua Mafalda (Camila Queiroz). “Ele se apaixona pela beleza e, principalmente, pela pureza dela. Mafalda humaniza muito o Romeu”, comenta o ator. Questionado se a paixão de Mafalda pode tirar Romeu da vida de crimes, ele responde: “Quem não muda por amor? Ele transforma qualquer coisa!” Sobre a parceria com Camila, o galã prevê muito sucesso à vista. “Camila tem uma estrela própria, é bem talentosa. E é uma fofa”, elogia.
Apaixonado pela natureza e por esportes radicais, Klebber se revela feliz por gravar Êta Mundo Bom! em cenários naturais. “Às vezes, quando o trabalho acaba, eles me encontram próximo a uma cachoeira (risos). Gosto de olhar a lua, a floresta… Um dos motivos de eu morar no Rio é poder estar bem próximo da natureza e da cidade também”, conta o ator, que, além de surfar e nadar, também aderiu ao salto de paraquedas. “Só não me arrisco no futebol, porque sou ruim (risos)”, assume o bonitão.
O novo desafio para Klebber é retomar o sotaque paulista (que estava perdendo para o carioca) e se acostumar com os maneirismos de uma época em que os costumes eram mais formais. “Tudo deve ser bem pronunciado. É difícil, porque, se perco uma palavra, já era. Mas isso não me assusta, pelo contrário: me dá mais vontade de melhorar”, diz ele, que ressalta uma divertida ironia: “Eu, com essa cara de bonzinho, nunca faço o mocinho. Nunca vivi um vilão mesmo, mas é sempre o mau-caráter, o safado…” E, para interpretar Romeu, Klebber conta que estudou muito sobre a década de 1940: “Li sobre tudo. Desde publicidade, até política e polícia”. Marca registrada dos malandros da história, o charme é algo que não falta a Klebber. Mas o ator disfarça: “Eu sou muito tímido, preciso trabalhar essa questão. Por isso, eu gosto de chegar nos lugares falando com todo mundo, para quebrar o gelo!”
Perto de completar 10 anos de carreira (em 2017), Klebber procura se focar cada vez mais no trabalho. “Sou grato à minha família por ter me ensinado a ter foco e a saber esperar, porque essa não é uma profissão fácil. É preciso ter paz interior”, agradece o galã, que se diverte com as histórias engraçadas já que viveu em sua carreira. “Uma vez, em São Paulo, fui até a feira comer pastel e tomar caldo de cana. Quando fui sentar, uma senhora me disse: ‘Não quero você do meu lado. Eu odeio você!’. Saí na hora, assustado”, lembra. Tudo culpa do interesseiro Guilherme, de Morde & Assopra (2011), que sentia vergonha da mãe humilde, Dulce (Cássia Kis Magro). É o preço do sucesso, meu rapaz!