O que pouca gente comenta é que, além de comida, o segundo maior órgão do corpo também metaboliza a energia vital e todas as nossas vivências diárias
Imagine um órgão capaz de executar mais de 500 funções – entre elas a de armazenar e metabolizar os nutrientes que ingerimos. Esse é o fígado. O que pouca gente comenta é que, além de comida, o segundo maior órgão do corpo também metaboliza a energia vital e todas as nossas vivências diárias. Uma angústia, um susto, uma notícia bacana, uma maldade, uma surpresa. Tudo entra ali. Se o fígado funciona bem, ótimo: estamos dispostos, mais alegres. Caso contrário, podemos sentir fraqueza, desânimo, tristeza, e até depressão. Os gregos antigos já sabiam disso, tanto que Hipócrates, o pai da medicina, cunhou a raiz da palavra melancolia, que quer dizer “bile negra”, referindo-se ao fluido produzido pelo órgão. “O fígado tem a ver com nossa vitalidade. É ele quem lida com a alimentação bruta, portanto precisamos nos apropriar dessa matéria quando comemos”, afirma Sheila Grande, médica antroposófica do Rio de Janeiro, fi liada à Associação Brasileira de Medicina Antroposófica (ABMA). Segundo ela, além dos agrotóxicos, o açúcar refinado é o grande inimigo do fígado. Já os alimentos amargos são seus melhores aliados: rúcula, agrião chicória, boldo-do-chile, almeirão. “A água é o elemento do fígado, então é preciso não apenas beber água sufi ciente mas também verificar a qualidade do líquido que ingerimos”, lembra Sheila. Quando o desânimo parece estar muito acentuado, a médica sugere um tratamento com magnésio, mineral fundamental para que nossas células gerem energia ao organismo. Vale lembrar ainda que o fígado adora um ritmo saudável – isso inclui boas horas de sono e horários regulares de alimentação.