O ator conta que foi fácil se identificar com a causa ambientalista defendida por seu personagem na novela das 7, Totalmente Demais
Apesar de a arte estar no DNA de Daniel Blanco, o Fabinho de Totalmente Demais, que é neto, filho e quinto irmão de uma família de músicos e atores, o garotão, de 21 anos, sempre teve uma ligação intensa com a natureza. Assim, ficou fácil se identificar com a causa ambientalista defendida por seu personagem na novela das 7: “A paixão pela natureza é o que tenho de mais parecido com o Fabinho. Ele é muito rico, só que a paixão dele é a natureza. Fabinho era reprimido pelos pais e eu, que venho de uma família de artistas, nunca tive problema de repressão.”
Sempre defendi a natureza do jeito que pude, com os ensinamentos que aprendi em casa: reciclando o lixo, economizando água, enfim, pequenas e bem intencionadas ações.
Sou apaixonado pela natureza desde pequeno. Tenho uma tatuagem, no pé, que é Nature (natureza em inglês). Fiz aos 16 anos e não me arrependo. E não pretendo fazer outra. Eram os últimos R$ 50 que tinha no bolso e fiz porque estava criando um vínculo muito grande com a natureza. Moro em Vargem Grande, que é um lugar perto do mar, perto de cachoeira. Sempre estive próximo disso.
O Fabinho é rebelde. O diretor Luiz Henrique Rios gosta de dizer que a gente faz uma novela cinza, que não é preta, nem branca. Ninguém faz tudo certo, nem ninguém faz tudo errado. Não é uma novela de vilões. Não tem o herói, o bonzinho. Todo mundo tem um passado, problemas psicológicos. E o Fabinho carrega uma tragédia na família, um passado de rejeição. Então, a reatividade causa isso nele.
Parece. O pai fazia o papel do chato, sempre criticando, falando que ele tinha de levar a vida a sério. Até que deu o braço a torcer, ao elogiar o filho pelo projeto que ele desenvolveu na empresa.
Para ter um equilíbrio, em certos casos, acho importante uns “esporrinhos” mais fortes. Já levei dos meus pais e acho que foi muito válido. Fabinho sempre foi mimado, tem dinheiro desde criança, então, se ele não tiver alguém para direcioná- lo, ele emperra. É estudante de geografia. Muito inteligente, mas meio relaxado na escola, nem sempre tira notas boas, mas quando resolve se dedicar, consegue.
Eu era bem parecido com o Fabinho nisso. Só estudava quando realmente precisava. Nunca repeti de ano, mas passava raspando. Eu achava que deveria ter mais aulas fora do que dentro das salas, justamente para manter o interesse do aluno. Pra que a escola vire um espaço de construção do ser humano e não algo que cheira a escravidão. Tem que se formar cidadãos.