A atriz confessa que a sapeca Rita, de Além do Tempo, é o trabalho mais bonito que já fez
Da moça que buscava um príncipe encantado, à mulher moderna
e namoradeira, mas que não quer saber de um parceiro fixo. Assim foi a vida de
Rita, no século XIX, e a nova encarnação da personagem em Além do Tempo. Para
dar vida a figuras tão diferentes, Daniela Fontan se desdobrou e, inclusive,
emagreceu durante a trama. “Eu tenho tentado fazer mil coisas ao mesmo tempo e
isso acaba refletindo no corpo… Dei uma emagrecida. Estou malhando bastante
pra aguentar o pique da nova personagem”, conta. A paraense repete a parceria
com a autora Elizabeth Jhin, com quem estreou em Eterna Magia (2007), agora,
numa trama com temática espírita. O espiritismo, aliás, sempre esteve na vida da atriz, de 35 anos.
Quando veio para o Rio de Janeiro, ela começou a atuar no grupo Risco, trupe
originada de centros espíritas cariocas. Animada, a artista assume que está se
sentindo em casa no trabalho.
Na primeira fase, como foi ter participado do núcleo mais
divertido da novela das 6?
Foi o trabalho mais bonito que eu já fiz na TV. Foi um
personagem comovente, divertido, mas teve uma ingenuidade, uma beleza de alma e
no trato com a vida. Rita era livre, e tinha uma personalidade que libertava
também. O trabalho foi feito de mãos dadas por uma equipe inteira. A gente se
juntou e, de olhos fechados e coração aberto, contamos uma linda história de
amor, que continua nesta temporada e que está sendo feito da mesma maneira, com
a mesma sinceridade.
Rita, agora, é muito atarefada…
A nova Rita faz mil coisas ao mesmo tempo. Malha, dança, faz
massoterapia e é conselheira da cidade toda. Tenho tentado fazer mil coisas
também e isso acaba refletindo no corpo… Dei uma emagrecida. Estou malhando
bastante pra aguentar o pique dela.
Você ainda contracena com um grupo de atores maravilhoso,
né?
Sou apaixonada por eles. Quando você vê o texto saindo da
boca de atores, como Louise Cardoso e Carlos Vereza, fico emocionada e nervosa.
A gente fica querendo fazer bonito perto deles, não quer decepcionar, atrapalhar…
É um aprendizado o tempo todo. O Vereza, particularmente, é uma pessoa boa de
estar junto. A figura dele é muito forte. Não tem como você passar um dia com
ele e sair do mesmo jeito. Até o silencio dele diz muito.
E a parceria com a Elizabeth Jhin?
A primeira vez que fiz uma novela dela, o produtor de elenco
disse que eu seria do elenco de apoio e não teria nenhuma fala. Mas a
personagem cresceu muito. A Beth é minha fada madrinha. Depois disso, ela faz
personagens especialmente para mim. É uma honra muito grande. Ela é, de longe,
a autora que eu mais admiro, porque faz um trabalho bom para todo o mundo. Que
acolhe, alegra e dá esperança.
Como é trabalhar com a espiritualidade numa novela?
Sou espírita. Amo falar disso, principalmente, em novelas.
São histórias que consolam, que passam uma mensagem de esperança muito grande.
O que você gostaria de ser em sua próxima vida?
Não faço ideia! Na próxima encarnação quero ter resolvido as
questões que me trouxeram pra esta agora. E que tudo seja aprendido com o amor.
O que gosta de fazer nas folgas?
Eu gosto de sair de casa (risos). Adoro colocar um chinelo e
ir passear no sol. Curto mais ainda quando posso fazer isso de mãos dadas. Sou
muito romântica (risos).