O mau-caráter Máximo, de I Love Paraisópolis, fala sobre a paixão pela arte de interpretar e do romance com a bela cantora, Bruna Araújo
Em I Love Paraisópolis, Máximo só dá dor de cabeça para sua
mãe, Paulucha (Fabíula Nascimento). Aos 23 anos, Danilo Mesquita, que está
estreando na TV, admite que seu personagem flutua no campo dos que querem se
dar bem a qualquer custo. “Máximo não tem idolatria pelo primo. E sim pela posição
que o Grego (Caio Castro) ocupa. Com certeza, passaria por cima do Grego pra
conseguir o que quer”, define. Baiano de Salvador, Danilo migrou para o Rio aos
18 anos. Antes de se envolver com
teatro, o que o gato gostava mesmo era de bater bola. Mas não demorou para
abandonar as chuteiras e abraçar a arte da interpretação. Sorte nossa!
Estrear na TV com um personagem como o Máximo deve ser um
desafio e tanto, não é mesmo?
É um desafio enorme fazer alguém que está tão distante
daquilo que sou. E esse é o grande prazer do ator, portanto, fico muito feliz
com a oportunidade. Está sendo um processo muito divertido.
Você nasceu em Salvador, mudou-se para o Rio aos 18. As duas
cidades possuem muitas favelas. Já conhecia alguma comunidade antes de gravar I
Love Paraisópolis?
Já conhecia. Eu
morava colado a das maiores comunidades de Salvador, a Engomadeira. E não tive
o prazer de conhecer Paraisópolis, porque gravaram lá só o começo da novela e
eu não estava nos primeiros capítulos.
Na adolescência, sua prioridade era o futebol. Você chegou a
tentar juntar as duas artes?
Meu foco era o
futebol. A única vez que tentei fazer teatro junto com futebol, no dia da
estreia da peça eu não pude ir (risos). Tinha jogo e, naquele momento, acabei
escolhendo o futebol. Anos depois larguei o esporte e escolhi o teatro.
Você jogava em que posição?
Jogava de meia-direita. Treinei uma época no Bahia, depois
fui para o Vitória, passei pelo Galícia e pelo Salvador FC.
O que exige mais disciplina: ser esportista ou artista?
Nos dois ofícios a disciplina é importante, mas de formas
diferentes. No futebol tem a alimentação, o sono, a parte física. No teatro tem
o cuidado com a voz, o corpo e a delícia de estar sempre lendo e estudando, o
que pra mim é um prazer. Sou totalmente disciplinado como ator, mas, como
atleta, não era nem um pouco. Odiava treinar!
Como o teatro surgiu na sua vida?
Comecei a fazer teatro com 18 anos. Logo depois veio o
cinema, que surgiu como uma curiosidade de entender como aquilo era feito. Sou
apaixonado por cinema e a curiosidade me levou a pesquisar muito sobre a sétima
arte.
Você também escreve roteiros…
Já filmei dois
roteiros meus, um deles é sobre o ócio criativo. Tem mais uns seis prontos para
serem produzidos. Fazer isso junto com a novela é complicado. Mas eles sairão.
Ainda joga bola? O que gosta de fazer para manter o físico?
O único exercício que
eu pratico é o futebol. Jogo toda semana, religiosamente.
Costuma comer besteiras na rua?
Eu não como besteiras, Fast Food, essas coisas. Gosto de
comer comida mesmo.
Como está o seu namoro?
Muito bem. Bruna é cantora de MPB e estamos juntos há pouco
mais de um ano.
Teme sofrer com algum estereótipo artístico por ser
nordestino?
O problema é a forma estereotipada como é visto o nordestino
de maneira geral. Mas a essência do meu ofício é viver universos diferentes. É
o que me move como artista, por isso, não tenho medo.