A atriz fala sobre suas diferenças e semelhanças com a personagem
Asim como os fãs de Onde Nascem os Fortes, Debora Bloch revela que não perde um capítulo da supersérie. Feliz com a repercussão da trama, a mineira acredita que esse é um produto diferente do que o público está acostumado a ver na TV. Longe das novelas desde Sete Vidas (2015), ela festeja a chance de poder atuar em produções como esta. “Considero que dei sorte nessa fase da minha carreira e vida, porque são trabalhos mais desafiadores e que me trazem mais novidade”, diz, referindo-se à obra de George Moura e Sergio Goldenberg e às séries Justiça (2016) e Treze Dias Longe do Sol, exibida em janeiro.
Hermano (Gabriel Leone), Gil (Clarissa Pinheiro), Aurora (Lara Tremouroux), Pedro (Alexandre Nero) e Rosinete: unidos na alegria e na tristeza. Foto: TV Globo
NA BOCA DO POVO
A geminiana se diverte com as suspeitas do público em relação à Rosinete. Muitos acreditam que sua personagem matou Nonato (Marco Pigossi) para incriminar o marido, Pedro (Alexandre Nero). “Existem diversas teorias conspiratórias (risos). Acho que pode ser todo mundo ali, vários personagens são suspeitos”, desconversa a atriz, que dá um spoiller. “Vai ter muita surpresa sobre a Rosinete ainda. Uma hora ela vai descobrir que pode ter a família, os filhos e viver a vida, ser feliz e não ficar ali, naquela infelicidade louca, em nome de um casamento que não existe mais”, adianta a filha do também ator Jonas Bloch.
SÓ COM PRAZER
Uma cena em questão atraiu atenção da mulherada. No início da trama foi ao ar uma sequência em que Rosinete transava com o marido sem vontade alguma. Apesar de muitas mulheres terem se identificado com a situação, a artista pensa diferente e se manifestou contra a atitude da personagem. “Você tem que seguir o seu desejo, a sua vontade. Não acho muito interessante a condição de fazer para agradar o outro. Sexo é com os dois, não vejo muito sentido em você transar sem vontade”, avalia.
Débora também contracenou com Jesuíta Barbosa na série Justiça e foi indicada a vários prêmios por sua brilhante atuação. Foto: TV Globo
RELIGIÃO: ESCOLHA PESSOAL
Se, na supersérie, Rosinete é quase uma beata, na vida real é o oposto. Diferente da personagem, que se agarra às orações e às corridas como uma forma de penitência pela doença da filha, Aurora (Lara Tremouroux), jovem portadora de Lúpus (doença autoimune que pode afetar principalmente pele, articulações, rins, cérebro mas também os demais órgãos), Debora revela que não é ligada à religião, mas que não julga a fé de ninguém. “A corrida para Rosinete é uma mistura de descarrego com sacrifício. Não sou religiosa, mas não tenho julgamento se é bom ou não. Religião é uma escolha muito pessoal de cada um que precisa ser respeitada”, afirma a estrela que acha que a infidelidade de Rosinete não diminui a fé dela. “O que eu considero interessante na personagem é que a liberdade que ela busca, essa realização como mulher, não é algo conflitante com a fé que ela professa. O mais legal da religião é a convicção e não os dogmas, o pecado e a culpa”, acredita.
Família belíssima! Debora é muito ligada aos filhos. Hugo e Júlia são a cara da mãe! Foto: Instagram
AMOR INCONDICIONAL
Mas Debora e Rosinete não são tão diferentes assim. Algumas características ligam a intérprete a seu papel. Debora havia parado de correr há alguns anos, por conta de um machucado no joelho, e estava praticando natação. Assim que soube da supersérie, ela retornou com os treinos. “Me preparei para correr no sertão. Tenho percorrido de 4 a 5 quilômetros”, conta a estrela, de 55 anos. Mãe de Júlia, de 25 anos, e Hugo, de 20, fruto do relacionamento com o chef de cozinha Olivier Anquier, ela revela que se identifica com Rosinete quando o assunto é maternidade. “Essa é a parte mais fácil da personagem. Esse lado da mãe que ama e que cuida incondicionalmente dos filhos me comove. Acho que toda mãe entende muito bem esse sentimento (risos)”, conclui.