A atriz afirma que gostaria de ter sido como sua personagem de Os Dez Mandamentos
Se em Os Dez Mandamentos, Denise Del Vecchio é a sofrida e
dedicada mãe de Moisés (Guilherme Winter), na vida real, é guerreira e alto
astral! Aliás, ela agradece ao filho a carreira iniciada há 40 anos. Para
sustentar o menino, na época com quatro meses, bateu na porta da TV Tupi e
conseguiu um papel na novela Ídolo de Pano. Hoje, seu filho está com 40 anos e
também é ator – André Frateschi, que vivia o Arthurzinho de Sete Vidas.
“Gostaria de ter sido devotada ao meu filho como ela (Joquebede) é aos dela.
Sei que sempre dividi meu papel de mãe com a carreira”, conta. Nada de culpa!
Agora, Denise é a avó divertida de Angelina, de 2 anos, e Mel, 3 meses. É com
as meninas que passa as folgas das gravações da novela da Record. A seguir, a
entrevista que a atriz concedeu a MINHA NOVELA.
Como é interpretar um papel histórico, como Joquebede?
É uma
oportunidade que poucas vezes aparece na carreira. Estou muito grata por essa
possibilidade e consciente da responsabilidade que é dar vida a uma personagem
tão querida e admirada como ela.
Acredita que ela terá chance de se aproximar de Moisés em
sua nova fase (a mãe o abandonou no Rio Nilo, quando ele ainda era bebê, para
evitar que os egípcios o matassem por ser hebreu)?
Espero que sim. Há poucas referências sobre o destino dela
na Bíblia, mas a autora da novela, Vivian de Oliveira, às vezes usa sua
criatividade e elabora algumas trajetórias para as personagens. Seria uma boa
recompensa para essa mãe, que esperou tanto tempo pela volta do filho,
compartilhar um pedacinho de sua vida com ele.
Faria por um filho o mesmo que a sua personagem fez?
Gostaria de ter sido devotada ao meu filho como ela é aos
dela. Dediquei e dedico ao meu filho (André) todo amor que sou capaz, mas sei
que sempre dividi meu papel de mãe com a carreira. De onde Joquebede tirou
forças para esse gesto de coragem? Não sei se eu teria essa grandeza.
Você e seu filho trocam figurinhas sobre o trabalho dos
dois?
Fazemos isso desde sempre. Mesmo quando André era criança.
Ele acompanhava meu trabalho e dava palpites. Depois, tornou-se ator e passamos
a nos ajudar. Agora, andamos sem muito tempo para falar de trabalho, pois
quando nos encontramos, fico alucinada com as minhas netas! Só quero saber
delas!
Então você é bem família!
Quando não estou
trabalhando, quero estar na minha casa. Amo minha família! Em qualquer tempo
livre, quero estar com minhas netas!
Se não tivesse sido atriz, o que acha que estaria fazendo?
Acho que já teria morrido de depressão (risos)! Não sei o
que eu faria, talvez fosse professora de História, mas, certamente, seria bem
infeliz.
Qual a lição que aprendeu
em seus 40 anos de carreira?
O que sei é que o trabalho que faço depende de toda uma
equipe, de todos os envolvidos. Quem se esquece disso, está perdido. É preciso
ser humilde e ouvir diretores e colegas. Eu tenho uma certeza: a paixão pelo
que faço! Enquanto esse fogo queimar dentro de mim, eu vou continuar. Se
esfriar, eu paro.