Deolane Bezerra, empresária e influenciadora, foi presa em uma operação realizada pela Polícia Civil de Pernambuco, que investiga crimes de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. A prisão ocorreu em um hotel no bairro de São José, no Recife, e ela foi levada ao Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri). Esta não é a primeira vez que Deolane é alvo de investigações. Em 2022, ela já havia sido investigada por suspeita de envolvimento com a Betzord, uma empresa de apostas esportivas que enfrentava acusações de crimes contra a economia popular e associação criminosa.
Operação Integration
A operação “Integration”, responsável pela prisão de Deolane, investiga uma organização criminosa suspeita de movimentar R$ 3 bilhões em quatro anos, utilizando jogos ilegais na internet e diversos esquemas de lavagem de dinheiro. A quadrilha, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, teria utilizado empresas de eventos, publicidade e até casas de câmbio para legalizar os recursos obtidos de forma ilícita. Foram bloqueados R$ 2,1 bilhões das contas de vários investigados.
Plataformas de apostas
Além de Deolane, outras empresas e plataformas de apostas, como a Esportes da Sorte, estão entre os principais alvos da operação. A Esportes da Sorte é uma conhecida patrocinadora de times de futebol, como Corinthians e Grêmio. Documentos apreendidos indicam uma relação direta entre essas empresas e atividades ilegais, reforçando as suspeitas sobre a movimentação financeira da organização.
Veículos de luxo e joias
Durante a investigação, veículos de luxo, aeronaves, embarcações, joias e grandes quantias em dinheiro, tanto em euros quanto em dólares, foram apreendidos. Entre os bens confiscados estão helicópteros e um avião que pertenceu ao cantor Gusttavo Lima. A polícia acredita que esses itens eram utilizados para ocultar a origem criminosa dos recursos.
Deolane nega envolvimento
Deolane Bezerra, em depoimento, negou envolvimento com lavagem de dinheiro. No entanto, ela admitiu ter comprado um carro de luxo, uma Lamborghini Urus Performante, de Darwin Henrique da Silva Filho, dono da Esportes da Sorte. O veículo foi adquirido por R$ 3,85 milhões, reforçando as suspeitas sobre transações envolvendo veículos de alto valor como forma de disfarçar a origem ilícita dos recursos.
MP aponta esquema da organização criminosa
O Ministério da Justiça apontou que a organização criminosa utilizava depósitos fracionados e transações bancárias para facilitar a ocultação dos valores. Além disso, o estilo de vida dos investigados era incompatível com a renda declarada, o que chamou ainda mais atenção das autoridades. A polícia segue investigando a participação de outros membros e empresas ligadas ao esquema.
A operação contou com a participação de 170 policiais e a colaboração da Interpol, o que demonstra a amplitude da investigação. A Polícia Civil ainda não revelou detalhes mais específicos sobre a participação de Deolane e de sua mãe, Solange Bezerra, no esquema.
Advogado do dono da Esportes da Sorte se pronuncia
Deolane afirmou que a prisão de sua mãe foi injusta e declarou estar confiante de que as investigações irão provar sua inocência. O advogado de Darwin Henrique, proprietário da Esportes da Sorte, também se pronunciou, dizendo que seu cliente está colaborando com as autoridades e busca esclarecer todos os fatos.
Resumo para quem está com pressa:
- Deolane Bezerra foi presa em operação que investiga lavagem de dinheiro e jogos ilegais.
- A operação “Integration” já bloqueou R$ 2,1 bilhões e investigou movimentações de R$ 3 bilhões.
- A Esportes da Sorte, plataforma de apostas, é um dos principais alvos da investigação.
- Foram apreendidos veículos de luxo, aeronaves, joias e grandes somas em dinheiro.
- Deolane nega envolvimento com crimes, mas admitiu a compra de um carro de luxo de um dos investigados.
- A operação contou com o apoio da Interpol e envolveu 170 policiais.
