Na pele do interesseiro Tomas, o ator se especializa em personagens de caráter duvidosos, mas comemora o fato de poder misturar maldade com comédia
Aos 25 anos, Diego Montez já tem uma coleção de vilões em sua galeria de personagens. O ator, que ficou conhecido após interpretar o Murilo, na novela Rebelde (2011), e o Rick, em Dona Xepa (2013), ambas na Record, dá vida a mais um personagem de caráter duvidoso: o Tomas, de Cúmplices de um Resgate, no SBT. “Ele é interesseiro, ambicioso e estrategista. Mas tem humor e eu gosto muito desse lado dele”, conta o paulista. Além da novela, Diego está se dedicando também ao musical Wicked, que conta a história da Bruxa Má do Oeste antes de O Mágico de Oz, que está em cartaz em São Paulo. Mas ele não para! Mesmo com tanto trabalho, Diego pretende montar, ainda esse ano, um espetáculo que terminou de escrever em 2015. “Não pretendo dirigir, mas quero acompanhar o processo de perto”. Haja disposição!
Quando você descobriu que gostaria de ser ator?
Minha mãe (a atriz Sônia Lima) me obrigou (risos). Eu sempre quis escrever e me formei roteirista. Mas minha mãe queria que eu tivesse uma “segunda opção” e, para a minha sorte, ser ator era a ideia. Eu sempre fui ligado no 220, então, ela me colocou no curso de teatro, com 8 anos, para extravasar a energia. C
Cúmplices de um Resgate é a sua primeira novela focada mais no público infantil, não é mesmo?
Infantil, sim. Eu participei do remake da novela Rebelde, que era mais infanto-juvenil.
Em Rebelde, Murilo tinha uma índole duvidosa. O Rick, de Dona Xepa, também não era do bem. E o Tomas… Nem se fala. Você está se especializando em vilões?
A vilania foi crescendo de personagem pra personagem. O Murilo gostava de ver o circo pegar fogo, era fofoqueiro e nada confiável. O Rick era tão inconsequente que deturpava seu conceito de moral. Já o Tomas tem desvio de caráter mesmo. Ele é interesseiro, ambicioso e estrategista, mas tem humor e eu gosto muito desse lado dele! É um presente para qualquer ator.
Como é a sua relação com os fãs? As crianças te evitam por você interpretar um vilão?
A maioria não, mas tem algumas que evitam. As menores confundem um pouco. Eu devo ter cara de mau, né? (risos). Sempre passo por isso. Mas os fãs do Instagram e do Twitter são incríveis! O carinho que eles têm com a gente e com a novela, a importância que dão para a história e pro nosso trabalho é gratificante.
O você tem do Tomas?
Talvez o senso de humor. O tempo de comédia do Tomas é bem parecido com o meu.
Você se divide entre as gravações da novela e o musical Wicked. Não é muito cansativo?
Eu dou conta (risos). Wicked é um musical diferente de tudo o que já veio para o Brasil. Conta a história da Bruxa Má do Oeste antes de O Mágico de Oz. Seus anos na faculdade, seus relacionamentos e como ela se tornou a figura que conhecemos do filme. O espetáculo é lindo, grandioso e tocante. Produção e equipe criativa são impecáveis, com um elenco talentoso, encabeçado por duas das melhores atrizes do segmento: Myra Ruiz e Fabi Bang. Atualmente, eu também cubro o Jonatas Faro, como o protagonista Fiyero. Estou muito feliz!
O que você faz no tempo livre?
No pouco tempo que eu tenho (risos)? Eu gosto muito de ler e assistir séries. O meu novo vício é o seriado How To Get Away With Murder.
E os planos para o futuro?
Eu quero montar, ainda este ano, um espetáculo que terminei de escrever em 2015. Não pretendo dirigir, mas quero acompanhar todo o processo de perto. Isso, junto com Wicked, que continua em cartaz no Teatro Renault, no Centro de São Paulo.