A atriz comemora a linda personagem que ganhou em I Love Paraisópolis, fala sobre relações afetivas complexas e revela que é a amiga de seu ex-marido
Soraya Ravenle não consegue esconder o amor que sente por
Eva, sua personagem em I Love Paraisópolis. Destacando qualidades como
guerreira e batalhadora, a atriz revela que a mãe de Danda (Tatá Werneck) e
Mari (Bruna Marquezine) é tudo de melhor que um ser humano pode ser. Porém, Eva
também tem o seu toque de humor na trama, nas cenas com o ex-marido, Jurandir,
vivido por Alexandre Borges. “É um amarra e desamarra sem fim na vida desses
dois”, diverte-se. Aos 51 anos, Soraya está em sua melhor fase. Além de gravar
a novela das 7, ela ainda integra o elenco do musical As Noviças Rebeldes. “Fazer
a peça e a novela exige eu fique elástica, tenha foco e concentração, por isso,
os exercícios físicos são fundamentais”, conta. Confira a entrevista com a
atriz!
Como vai ser a relação da Eva com o malandro do Jurandir?
Ele a abraça e a consola quando necessário. A Eva até cede,
mas logo diz: “Sai, criatura, vai embora que eu preciso trabalhar”. O fato é
que ela não suporta homem que não trabalha, que não ganha nada. Eva sustentou a
casa e as filhas a vida inteira sozinha.
Mas ainda há uma relação forte de amizade entre eles?
É um amarra e desamarra sem fim. É um amor que não acaba. O
Jurandir é desmiolado, mas tem um ótimo coração e a Eva admira muito isso nele.
Você acha saudável um relacionamento cheio de idas e vindas?
Não existe certo ou
errado quando o assunto é amor. Na minha idade, você entende que pode acontecer
de tudo e que existem várias possibilidades. Além do que, a Eva pode ter medo
de ficar sozinha.
Dá para ficar amiga de ex-marido?
No meu caso deu sim. Mas não existem regras para isso. Eu e o
Isaac (Bernat) estamos separados há 14 anos e não ficamos amigos de uma hora
para a outra. Foi uma reconstrução. Existiu a vontade de nós dois. É um passo a
passo mesmo. Sai ano, entra ano e cada um vai olhando para o que aconteceu de
outras maneiras, até que você entende o que aconteceu.
Como você reagiria se precisasse cuidar da filha de alguma
amiga?
Eu fico até arrepiada quando falo disso (risos). A Eva é tudo
de melhor que um ser humano pode ser: é guerreira, batalhadora e amorosa. E,
claro, eu tenho um pouco dela em mim, o instinto maternal. Eu tentaria lidar
com a situação, mas talvez não soubesse resolver tudo tão bem quanto ela.
Eva e Mari são muito apegadas…
É uma relação linda! Mari tem uma dívida interna com a Eva e
o sonho dela é dar uma casa para a mulher que a adotou.
Sua personagem é costureira. Como você se preparou para
isso?
Eu fui à sala de costura da Globo por três dias e fiquei
muito tempo lá. O clima no lugar é incrível e todas as costureiras foram muito
generosas comigo. E descobri que a Neire, que costura para novelas, é um pouco
Eva. Ela é guerreira e busca sempre melhorar. Consegui me inspirar muito.
E como está sendo atuar no musical As Noviças Rebeldes junto
com a novela?
Fazer o musical e a
novela exige que eu fique elástica por dentro, tenha foco e concentração. Eu
acho que a profissão de ator por si só é generosa e benéfica, porque ela te
obriga a sair um pouco de você mesmo. E isso faz com que você olhe mais para o
outro, até para criar melhor a personagem que vai interpretar.
Como é o seu estilo de se vestir fora de I Love
Paraisópolis? Está mais para a Eva ou para a perua da Soraya (Letícia Spiller)
Eu adoro andar de chinelo pela casa e usar roupas
confortáveis. Não tenho nada de perua.
E como você mantém a forma?
Gosto de me movimentar de uma maneira geral, mas eu nado e
faço gyrotonic, que é uma atividade de consciência corporal bem bacana.