No papel da metida Andréa, a atriz conta detalhes da segunda temporada do seriado
Mister Brau volta à tela em sua segunda temporada. Na edição passada, Brau (Lázaro Ramos) e Michele (Taís Araújo) tiveram que conviver com os novos vizinhos complicados e passaram por muitas confusões. Dessa vez, a dançarina vai dividir com seu marido toda a atenção dos fãs, porque também vai alcançar a fama como cantora.
A Andréa e o Henrique (George Sauma) foram contaminados por essas pessoas livres e felizes que o Brau e Michele são. O legal é que o casal principal começa a quebrar a dureza da Andréa, porque ela começa a gostar dos dois. Eles se misturam mais nessa temporada. Mas, no fundo, Andréa ainda é racista, preconceituosa e elitista.
A gente nunca imagina que vai ser um fracasso. O sucesso a gente fica esperando. Meu primeiro sucesso foi Tapas & Beijos (2011), antes disso só tinha feito fracasso. Quando fiz Bang Bang (2005), por exemplo, todo mundo falava que ia ser sucesso. Mas não aconteceu. Mas isso faz parte.
Se essa personagem estivesse numa novela das 9, provavelmente estaria apanhando na rua ou sendo xingada. Mas como é comédia, diminui o peso. A gente busca interpretar de forma que fique menos agressivo do que o diálogo, porque a Andréa fala coisas horrorosas. É mais tranquilo.
Tenho pavor. Acho muito agressivo os comentários negativos. É um lugar em que as pessoas falam abertamente sobre tudo. Eu não gosto, fico chateada e choro. Prefiro não participar de discussões lá.
A gente leva tudo na piada. Às vezes, lendo o texto eu fico horrorizada. Uma vez ela disse: “Esse povo só pensa fazer puxadinho e sempre tem uma tia doente.” Ela estava falando dos empregados do condomínio. Temos que retratar essas pessoas, elas existem no mundo real. Estamos cheios delas por aí…
É válido, por exemplo, ter personagens gays em novelas. É algo tão natural. Ninguém tem a ver com a vida afetiva do outro. É um absurdo ficarem ofendidas com o relacionamento das pessoas. Os indivíduos são livres.
Todo extremismo é ruim. Hoje não se pode fazer piada de nada, senão você pode ser apedrejada. A gente tem que rir da gente mesmo. Rir mais ao invés de brigar. Chega de ataques e gente falando o que quer sem punição! É preciso tomar muito cuidado.
Não levanto. A mulher está conquistando as coisas aos poucos, como sempre foi. Nada é de um dia para o outro. É difícil ser homem em algumas situações também.