A fluminense está animada em fazer sua terceira megera em novelas. Mas, para conquistar um lugar ao sol, não foi fácil
Tudo em Sandra, a antagonista de Êta Mundo Bom!, move o pensamento do público para um ser do mal. Isso é reafirmado pelas roupas escuras, que se misturam ao tom forte do cabelo loiro da vilã. Diferente de sua personagem, Flávia Alessandra transborda alegria e simpatia.
A Cristina foi um divisor de águas pra mim e não quero matá-la. Quero que ela continue viva, por isso, estou tentando resgatar algumas coisas que tanto encantaram as pessoas na Cristina para fazer a Sandra. Quero que pensem “caraca, uma Cristina nova!”. Mas Sandra é movida por outras sensações, é outro território. Sandra é muito descarada. Para interpretá-la, você tem que estar muito concentrada, porque as cenas são ricas e dão possibilidades pela personalidade da vilã.
Sandra é madura, pragmática e não ama ninguém. Ela tem essa frieza que a separa da Cristina, que era manipulada pela mãe e movida pelo amor. A Cristina era frágil perto da sandra. Talvez ela ame só o irmão, Celso (Rainer Cadete).
Sandra tem um lado irônico que existe em mim, beirando o humor negro que eu tenho, uma coisa debochada… Também é uma mulher prática, assim como eu. Não fico remoendo muito as coisas.
Tomara que eles formem uma boa dupla! A gente tem que se alternar nas maldades (risos). Nós conversamos sobre os nossos “momentos”. Uma hora um fica mais um humano, fragiliza, depois vem a vilania… e assim é a vida (risos).
Sempre que a gente começa, somos ruins. Tirando Mozart, entre outros gênios, a gente não é bom (risos). Outro dia achei coisas minhas da faculdade e falei: “Deus, como eu era ruim!” (risos) e, depois, a gente vai se aprimorando, sempre vai evoluir.