Aos 45 anos, ele revela que estava 100% pronto para ser pai de Maria
Os ventos que trouxeram o navio da comitiva da princesa Leopoldina (Letícia Colin) ao Brasil causaram um furacão na personalidade de Thomas. Em solo tupiniquim, o vilão de Novo Mundo está ficando ainda mais perigoso, com suas más intenções para cima de Anna (Isabelle Drummond). Para viver o antagonista da trama das 6, Gabriel Braga Nunes qualificou seu personagem como um homem de muita atitude. “Não é o cara que coloca a mão na massa, e sim fica articulando nos bastidores, fazendo as tramas se movimentarem. Ele é como o pivô no basquete, que fica no meio de campo distribuindo o jogo”, avisa o paulistano, que vive as peripécias do ofício de pai, com a fofa Maria, de quase três anos.
Já se especializou nos vilões?
Thomas é claramente o vilão da história, assim como foi o Léo, de Insensato Coração (2011). Já o Laerte (de Em Família/ 2014) era um herói mau-caráter. Procuro trazer os melhores motivos para que tenham as atitudes do mal. Tento lançar um lado mais humano e me coloco no lugar desses personagens.
É complicado gravar na cidade cenográfica com o seu figurino?
Por causa do calor, eu tive queda de pressão, fui parar no posto médico. Não tem muito do que reclamar. Tem que enfrentar o clima e gravar.
Curtiu esse visual mais natural?
Pra mim, tanto faz essa questão do visual. Tantos anos do exercício da profissão, faz com que a gente acabe se desapegando completamente da aparência. Mais da metade da minha vida, eu não usei o visual que seria o meu favorito naquele momento. Quando acabei de gravar Liberdade, Liberdade (2016), deixei o cabelo crescer. É de praxe deixar os fios maiores para ter material para o próximo trabalho, ainda mais quando se tem problema de queda de cabelo como eu. Tomo remédio há 20 anos. Sou o único homem da família que ainda tem cabelo, o resto é careca.
Aos 45 anos, você está lidando bem com o passar do tempo?
Eu preferia que o tempo demorasse mais para passar (risos). Supondo que estou na metade da minha vida, eu adoro estar vivo. Quem dera se os 45 anos fosse 1/3 e não a metade da minha existência, Gostaria muito que a expectativa de vida mudasse para 150 anos (risos), iria achar sensacional.
Você conseguiu acompanhar o trabalho de sua mãe, Regina Braga, em A Lei do Amor?
A novela passava bem na hora em que boto minha filha pra dormir. Não pude acompanhar, mas vi algumas cenas. Fazer uma cega é difícil. Você não poder reagir com o olhar… é complexo. Ainda mais que ela entrou no meio da novela, então, não fez laboratório. Nunca contracenei com a minha mãe. Fiz teste para o Ciro (vivido por Thiago Lacerda) e quase fui filho dela também na novela. Foi um trabalho muito sensível.
Como está o ofício de pai?
Fui pai depois dos 40 anos. Tive a Maria num momento em que eu estava 100% pronto. Estou adorando ser o pai que eu sempre quis ser.