Estreante em novelas, ele rouba a cena em ‘A Força do Querer’, ao lado da amiga Carol Duarte, e faz sua aposta: Cláudio vai lutar por esse amor até o final!
Em 2010, depois de largar a faculdade de comunicação social no último ano, mudar de cidade e até de profissão, o curitibano Gabriel Stauffer, o Cláudio de A Força do Querer, teve de fazer muito malabarismo e até andar na corda bamba para dar conta do recado como ator. “Afinal, esse foi o caminho que quis seguir”, diz brincando o artista, que reencontrou os picadeiros, uma paixão de infância, ao protagonizar a peça O Grande Circo Místico, ao lado de Letícia Colin, em 2014. Aliás, foi nos bastidores do espetáculo que ele conheceu outro amor: a namorada, a atriz Natasha Jascalevich.
TITITI – O que fazia antes de pintar na telinha?
Gabriel Stauffer – Eu era redator publicitário em uma agência em Curitiba (PR). Resolvi largar a faculdade e estudar teatro no Rio de Janeiro.
TITITI – E a responsabilidade de estrear em horário nobre, no folhetim de Gloria Perez?
Deu um frio na barriga, mas estou feliz demais por começar justamente numa novela dela. É oportunidade única. E que seja a primeira de muitas!
TITITI – Como é, de cara, abordar a transexualidade em seu primeiro papel?
Maravilhoso, porque Gloria é uma autora corajosa, antenada e esse assunto precisava ser, mesmo, discutido no momento em que estamos vivendo. E, ao ser retratado em horário nobre, faz com que possamos abrir uma discussão dentro da casa das pessoas.
TITITI – Sua parceria com a Carol Duarte, que interpreta a transex Ivana, paixão do Cláudio, parece ser bacana…
E é! Ficamos muito próximos, porque tivemos uma preparação intensa antes da estreia. Ela virou, de verdade, uma grande parceira. Também é a primeira novela da Carol.
TITITI – Sabe se o Cláudio ficará com a Ivana mesmo após a transição de gênero dela?
Só a Gloria para saber disso. E, se bobear, nem ela deve ter a resposta ainda. Mas acredito que ele vai lidar bem com essa situação, apesar do tremendo choque inicial. Ele é totalmente apaixonado por ela!
TITITI – E se o telespectador, eventualmente, torcer contra o relacionamento dos dois?
A gente não pode temer rejeição. O tema é tão importante que as pessoas têm de ver. Mas, se não gostarem, paciência, tudo bem (risos).
TITITI – Acabaram os dias de folga do anonimato?
Estou preparado para o assédio e está tudo correndo bem. Dizem que com o tempo não dá para usar transporte público. Aí ferrou, só ando de metrô, ônibus (gargalhadas)…