Aos 40 anos, a atriz assume estar ainda mais racional, apesar de ter um lado sensível extremamente forte por natureza
A paradisíaca paisagem de Sol Nascente se complementa com a beleza de Giovanna Antonelli. Acostumada com o clima praiano nas novelas, afinal, a atual trama das 6 é o quinto trabalho em que ela participa com essa temática, Giovanna celebra o retorno da parceria com Walther Negrão, autor que a lançou como atriz, em Tropicaliente (1994). Em Sol Nascente, a atriz mostra sua versatilidade ao encarnar a protagonista Alice, cinco meses depois de viver a vilã Atena, de A Regra do Jogo (2015). Emendando um trabalho no outro, a carioca revela que, após o término das gravações, pretende tirar férias de dois meses para curtir o marido e diretor, Leonardo Nogueira, e as crianças: as gêmeas Sofia e Antônia, de cinco anos, e Pietro, de 11.
Como é voltar a trabalhar com o autor Walther Negrão?
Protagonizar uma novela do Negrão é emocionante. Ele representa o começo da minha carreira. Eu tenho tanta vontade de trabalhar com alguns autores e diretores, mas a agenda não bate, então, fico apenas naquele saudosismo. Esse ano, aconteceu o encontro com o Negrão e amei.
O que te fez aceitar o papel de Alice, em Sol Nascente?
A história e a mensagem que essa novela transmite são muito positivas. A trama tem foco no amor, amizade e família. Esses três elementos juntos mexem com o nosso coração. Em algumas cenas, não preciso me esforçar para me emocionar, é algo que flui. Estou apaixonada pela Alice.
O que você mais gosta na Alice?
Ela é racional, segura e pé no chão. Quando o Mario (Bruno Gagliasso) se diz apaixonado, ela é madura o suficiente para não se deixar levar. Depois percebe que o ama também, mas a Alice é muito responsável. Adoro isso nela!
Você também já se apaixonou por um amigo, como a Alice?
Nunca aconteceu, mas tenho amigos homens, que são como irmãos. Só não sei se algum melhor amigo já se apaixonou por mim. Se sim, foi um sentimento velado (risos).
Viver dois anos no Japão muda muito o jeito da personagem?
A Alice volta da viagem mais moderna, madura e mais líder, apesar de ela já assumir um posto de liderança muito grande na profissão desde o começo da trama.
Aos 40 anos, você também se sente mais moderna e madura?
Hoje, com 40 anos, sou muito mais racional porque eu acabei aprendendo a ser assim. Mas sou pisciana, tenho um lado de emoção muito forte, até pela minha profissão. O artista tem esse canal aberto com a sensibilidade. A gente brinca com isso o tempo todo.
Muitos falam que fazer a mocinha é uma tarefa bem ingrata…
Nossa, eu adoro. Amo fazer mocinha, vilã… Na verdade, eu amo fazer gente. As mocinhas que eu faço nunca são aquelas que sofrem a novela inteira. Eu tento levar humor, verdade, uma coisa a mais.
Como é ser dirigida pelo marido?
Eu amo! Essa é a terceira novela que fazemos juntos, o que significa que vamos ter férias ao mesmo tempo. Nesses sete anos, a gente dribla o tempo para poder se encontrar, então, é um prazer poder estar junto, ser dirigida por ele. A gente sempre se entrosa muito bem no trabalho.
Você está emendando muitos personagens. Não está cansada?
Depois de Sol Nascente eu pretendo tirar pelo menos dois meses de férias para curtir o marido e as crianças. Preciso de um tempo para mim!
Os filhos cobram a sua presença?
Eles são compreensivos. Eu e o Leo conversamos muito com as crianças e a família dá todo o suporte pra gente.