Mesmo vivendo um bandido na trama das 7, o ator não perde o carinho das fãs
Todos os dias aparece na telinha o “deus grego” do Caio
Castro em I Love Paraisópolis. Na trama das 7, ele é um cara que tem obsessão
por Marizete, a Mari (Bruna Marquezine), e faz de tudo para ter a amada ao seu
lado. Ao vencer um concurso do Caldeirão do Huck, em 2007, que escolhia o ator
que faria a próxima temporada de Malhação, o paulista se mudou sozinho, aos 18
anos, para o Rio de Janeiro com a cara e a coragem. Valeu à pena. De lá pra cá, só vieram
personagens de destaque, como o romântico Edgar de Tititi (2010), o filho
ingrato José Antenor, de Fina Estampa (2011), e o apaixonado Michel, de Amor à
Vida (2013). Consagrado como um dos principais
galãs da nova geração da Globo, Caio, aos 26 anos, conta como enfrenta o
desafio de viver um mau-caráter na trama das 7.
Como você define o Grego?
Ele é um cara do poder paralelo, da contravenção. Não é um
vilão, é uma espécie de oposição que usa o poder para se proteger. E tem seus
deslizes e fraquezas, porque é humano. As pessoas usam de agressividade para se
defender e com ele não é diferente. Grego é sozinho, ama a Mari e não é
correspondido.
Ele pega demais no pé da Mari…
Ele e a Mari têm uma história mal resolvida. Ele escolheu um
lado diferente do dela. Isso a incomoda. Quanto mais o Grego faz maldades, mais
a Mari se afasta. E ele acha que tudo o que faz está certo.
Foi muito complicada a sua construção para o personagem?
Na parte visual, não.
Resolvi colocar o piercing por conta própria. Dói, mas só na hora de furar.
Duas tatuagens são provisórias e são feitas rapidamente, o resto das tatoos são
todas minhas. O cabelo tem uma falha e gostei do penteado. O problema é que tem
que retocar toda a semana. Cresce igual mato (risos).
Apesar de ser paulista, teve problemas com o sotaque?
O sotaque da novela é de São Paulo, mais para o lado de São
Bernardo. Foi mais fácil, porque sou de Jabaquara. Já morei em bastantes
lugares, inclusive, São Bernardo, isso me ajudou. A equipe da novela não falou
que era para carregar no sotaque, mas me ofereceram aula. Mas como já sou de
lá, não foi preciso.
Você chegou a visitar a comunidade de Paraisópolis?
Só fui a Paraisópolis num dia de gravação. Não conheço
ninguém de lá, aí fiz laboratório em outras comunidades.
O que o Grego está representando para a sua carreira?
Uma
oportunidade de fazer na televisão uma coisa que eu ainda não tinha feito. É um
personagem muito perigoso, porque tem um “canto da sereia” incrível. É gostoso
de fazer, mas você pode se encantar demais e cometer um erro.
Você conhece alguém como ele?
Eu fui criado na rua. Meus amigos falavam igual a ele e
alguns tomaram o rumo dele. Perdi alguns amigos por conta disso. Foi uma coisa
que eu não vivia, mas que tive contato quase que direto. Também levo um pouco de
tudo o que eu vivi, o pouco que eu conheço para fazer o Grego.
Você está bem sarado. Precisou fazer algum exercício
específico para o corpo por conta da novela?
Não estou malhando
mais por causa do personagem. Mas estava fazendo os exercícios que sempre fiz.
Até falaram que estava mais forte, mas operei (a clavícula) e perdi massa
muscular. Fiquei muito fora de forma, mas, depois, consegui recuperar.
Depois do par romântico com sua namorada, Maria Casadevall,
em Amor à Vida, será que vai rolar algo entre a Margot e o Grego, em I Love
Paraisópolis?
Somos de núcleos diferentes, mas como o Ben (Maurício
Destri) teve um relacionamento com a Margot (Maria Casadeval), pode ser que
venha a ter algo com Grego agora que estão separados. Até agora não tem nada,
mas muita coisa está ligada. Quem sabe ele não use a Margot para seus planos…
Seria ótimo!