Mergulhar nos olhos azuis de Guilherme Leicam é entender como um jovem, de 25 anos, é talentoso na arte da atuação. Não é à toa que, quando surge em cena em Malhação – Seu Lugar no Mundo, Leicam parece se misturar aos encantos de Tito
Depois de viver dois antagonistas em 2014 (o Laerte, de Em Família, e o Gustavo, de Alto Astral), o gaúcho Guilherme Leicam voltou a interpretar um bom moço. Não é a primeira vez que participa da novela adolescente. O rapaz foi um dos astros da temporada 2012, como Vitor. Além da carreira de ator, Leicam gerencia sua produtora de vídeo, a Dialética Filmes.
Estou muito feliz. Senti a nostalgia quando pisei no set e vi a mesma equipe com que eu tinha trabalhado. Malhação é uma escola. Um lugar para aprender, descobrir e trocar experiências. Além de eu ter voltado para a mesma equipe, retornei com um personagem completamente diferente.
O Tito vem com muitas diferenças do Vitor. Quero evitar comparações. Evolui bastante nesses quatro anos. Amadureci e fiz outros trabalhos. O Tito é super do bem, solar, veio para animar. Mas ele tem um passado misterioso e está deixando o pessoal curioso.
É muito bacana, porque já acompanhava a novela, mas não imaginava que estaria dentro daquela história. Aconteceu a mesma coisa na outra temporada de Malhação. Eu gosto da surpresa, do desconhecido, porque há mil possibilidades de acertar e errar. Essa oportunidade está sendo ótima. A novela já está no meio do caminho e, pra mim, está sendo o início. A introdução do personagem foi feita com todo o cuidado. Não tive aquele tempo de três meses para a preparação.
Sei da importância de mudar hábitos para ganhar novos recursos. Sou um ator que gosta de sair da zona de conforto. A primeira coisa que eu fiz foi trocar de moradia. Eu vivia num apartamento em condomínio, uma vida mais agitada. Resolvi mudar para uma casa. Fui para Vargem Grande, um lugar tranquilo.
A primeira aparição do Tito foi top trending nas redes sociais. Tenho um imenso prazer de responder as minhas fãs por meio da internet. Muitas delas pensaram que eu ia voltar como o mesmo personagem da temporada 2012.
Não me considero um galã. Eu acredito que um ator tem que ser como uma borracha, que se mistura e vira mil formas.
Um vilão é uma pessoa com problemas para serem resolvidos. Gostei de fazer o Gustavo. Ele era racista e preconceituoso, mas eu fazia questão de ressaltar que ele tinha frustações, como a perda dos pais. O Laerte era dúbio. Ganhei um forte público masculino. Vindo desses dois personagens, vejo a diferença do Tito. Poderia fazer uma escada de vilões, mas agora veio um mocinho. É uma chance de brincar. Não que o mocinho não possa ter sua vilania. O
Sou muito positivo e realista. Quando as pessoas pensam em soluções, eu já estou com a saída pronta. Acredito nisso. O Tito também tem uma energia positiva. Estou emprestando muito de mim para ele.
Desde criança sou rodeado por amigos. Sempre levanto uma ideia e meus amigos curtem. Isso vem dos tempos de escoteiro, em que ajudamos as pessoas. Procuro criar uma equipe firme e com o pensamento realista de solução.