O protagonista de Os Dez Mandamentos confessa ter sentido medo ao saber que interpretaria Moisés: “Fiquei receoso de não dar conta do personagem”
Protagonizar uma novela já é uma grande responsabilidade.
Mas quando esta é a primeira trama bíblica do mundo, o desafio torna-se ainda
maior. Foi o que pensou Guilherme Winter, ao ser escalado para dar vida ao
profeta Moisés, em Os Dez Mandamentos. Uma missão que chegou a assustá-lo no
início. “Demorou uns bons dias para a ficha cair e eu fiquei um pouco receoso”,
assume o ator, que, mesmo assim, não pensou duas vezes em aceitar o papel,
considerado o mais difícil de sua carreira. Declarando-se um homem de fé,
Winter, que já está acostumado aos folhetins bíblicos – ele foi Ruben em José
do Egito (2013) – crê que os caminhos traçados pela direção de Os Dez
Mandamentos têm tudo para transformar a novela em um grande sucesso. “Nós temos
um superelenco e o público gosta desse tema!”, acredita.
Estrelar a primeira novela bíblica do mundo tem um peso
maior?
Ainda não sei, mas me sinto honrado em fazer um personagem
desse porte. Agradeço a confiança que a Record tem no meu trabalho. Esse
projeto é épico, uma megaprodução.
Mas o que achou de ter sido eleito para o papel de Moisés?
Um grande prazer. Eu fiz o teste e, quando recebi a
resposta, ficava pensando: “Cara, vou fazer Moisés”. Demorou uns bons dias para
a ficha cair e fiquei receoso de não dar conta do personagem, claro. Mas a
empolgação e a motivação são grandes. Tenho muito a aprender com o Moisés.
Já conhecia a história do profeta?
Conhecia, mas uma das formas de me preparar foi lendo a
Bíblia. Estudei muito, assisti a vários filmes, não só sobre Moisés, mas obras
que contassem a história de grandes líderes, como o Che Guevara, por exemplo.
E, aos poucos, fui descobrindo, junto com a equipe da novela, as outras camadas
do Moisés.
E o que mais está te encantando nesse personagem?
A liderança dele em conduzir o povo e formar uma nova nação.
E o senso de Justiça que ele tem, a humildade, a compaixão que nutre pelos
outros. A história de Moisés é incrível. Um homem que foi adotado e enganado a
vida inteira, até descobrir que tem família, irmãos e querer tomar conta desse
povo desfavorecido, querer libertá-los.
Você é um homem de fé?
Não diria que sou
religioso, mas sou um homem de fé, sim.
Como será a relação entre Moisés e Ramsés (Sérgio Marone)?
Eles vão disputar a
Nefertari (Camila Rodrigues). Os três crescem juntos e a amizade entre Moisés e
Nefertari se torna amor, só que Ramsés também gosta dela e fura o olho do amigo
(risos). Mas o Moisés vai lutar por ela.
Mas ele encontra outro amor…
A relação com a
Nefertari se torna impossível quando ela se casa com o Ramsés. Moisés acaba
indo para o deserto e conhece a família de Zípora (Giselle Itié), que se torna
o grande amor da vida dele.
É legal gravar as cenas de luta?
Muito! Eu e o Sérgio fizemos uma preparação com aulas de
espada, que foram importantes, porque são pesadas de verdade. Eu saía com a mão
machucada todo dia. Agora, nós treinamos a coreografia das lutas antes de
gravar, para sair tudo direitinho.
Teve algum cuidado especial com o corpo para a novela?
Eu já tenho uma rotina de alimentação bacana e pratico
esportes. Continuei malhando, como já fazia, porque eles são guerreiros, então,
tem que estar em forma, né (risos)?
É verdade que você dispensou os dublês em Os Dez
Mandamentos?
Essa história é uma
bobagem. Nunca disse isso, até porque, se tivesse uma cena de perigo real, não
iria me arriscar. Se bem que levei umas porradas do Marone um dia desses
(risos)… Mas é normal.