‘Eu adoro fazer novela das 6… Elas ainda mantém o padrão de novelão clássico’ disse o ator
No ar em Sol Nascente, Henri Castelli tem motivos de sobra para comemorar! Além de emplacar uma novela após a outra, o ator está fazendo o personagem mais distinto de sua carreira. Ralf é um tatuador apaixonado por motocicletas e mulheres e exigiu que Henri mudasse completamente o visual. “O Ralf é de longe o personagem mais trabalhoso, quando o assunto é caracterização e mudanças. Se bobear, eu comecei a demorar mais do que a minha namorada para me arrumar”, brinca. Além do cabelo e da barba grandes, o ator encheu o corpo de tatuagens cenográficas para deixar o estilo de Ralf mais convincente. E como vale tudo pelo personagem, Henri não tira as tatuagens no dia a dia: “Adoro ficar com elas e é muito mais prático”. Aos 38 anos, o paulista emplaca sua quarta novela com Walther Negrão – as outras foram: Como uma Onda (2004), Araguaia (2011) e Flor da Caribe (2013) – e não pretende abrir mão da parceria. “Espero que ele faça muitas novelas ainda e quero estar em todas”, avisa.
Afinal, quem é o Ralf?
O Ralf é um tatuador e motociclista. Também é um aventureiro, que rodou a América do Sul e tem um estilo de vida nômade. O mais interessante é que o Ralf virou tatuador porque teve alguns problemas e foi preso. Na cadeia, aprendeu a tatuar e levou esse aprendizado para a vida. O Ralf é mal humorado, mas acredito que ele faz isso para se defender das mágoas e traumas que carrega. Outra característica dele é ser mulherengo, mas eu não acho que ele é assim de verdade. O Ralf nega, mas na verdade procura um grande amor.
E ele encontra esse amor que procura secretamente?
Não sei ainda, mas deve encontrar. Agora, ele está encantado pela Hirô (Carol Nakamura), mas não sei se ele está realmente apaixonado. Ralf até se mostra interessado: busca aprender um pouco sobre a cultura japonesa. Mesmo assim, é um romance indefinido.
Ralf pode se tornar um vilão?
Ralf não é uma pessoa má, mas eu acredito que ele pode ser tudo. A trama vai deixar esse personagem bem aberto.
Como é retomar a parceria de sucesso de I Love Paraisópolis com a Letícia Spiller?
É simplesmente incrível. Eu estava torcendo muito para que a Letícia interpretasse a Lenita. Não sabia se ela teria tempo para esse trabalho, mas quando descobri fiquei muito contente. A gente se deu superbem, sou fã da Letícia. Ela é uma atriz e uma pessoa maravilhosa. Uma colega de trabalho que me inspira.
Você mudou muito o visual para fazer o Ralf. Já se acostumou?
Eu estou me acostumando. No início das gravações, precisei colocar um pouco de aplique. I Love Paraisópolis ainda é muito recente e eu tinha as laterais do cabelo bem curtas. Já a barba fui criando após visitar alguns estúdios de tatuagem e observar o estilo das pessoas. Hoje, vejo muitos homens de barba, mas não fiz nada disso por moda.
E as tatuagens?
Eu tenho algumas tatuagens verdadeiras, mas a maioria faz parte da caracterização do Ralf. No total, são 31 tatuagens, mas, no final, ele vai ter por volta de 50. E não tiro depois das gravações. Adoro ficar com elas e é muito mais prático. Dá trabalho colocar as tatuagens e tirar logo depois, principalmente para as meninas da caracterização. Ficando com elas no corpo todo mundo sai ganhando.
Você se inspirou em alguém para construir o Ralf?
Eu tenho dois amigos de infância que são tatuadores. Eles não moram mais no Brasil, mas eu me encontrei com um deles em Nova Iorque. Passei os dias no estúdio aprendendo sobre a profissão e analisando. Essa experiência foi muito rica para mim.
Você acha que atuar numa novela das 6 é um trabalho mais leve?
Eu não sei se é mais leve, mas eu adoro fazer novela das 6. Lembro que Flor do Caribe foi um sucesso de audiência e, de lá pra cá, eu estou notando que as tramas nesse horário estão crescendo muito. Não sei exatamente qual o motivo, mas, talvez, as tramas das 6 ainda mantenham o padrão de “novelão clássico”.