Donos do hit Suíte 14, que gravaram com MC Guimê, os dois tiram a galera do chão nos mais de 18 espetáculos que fazem por mês em todos os cantos do país
Com seis anos de carreira, Henrique e Diego, ambos de Campo Grande (MS),
já descobriram o gostinho do sucesso. O maior hit da dupla, Suíte 14, tem participação de MC
Guimê, toca direto na balada e todo mundo pira. “Por causa desta música,
começamos a fazer shows no país inteiro inteiro”, conta Henrique, que na
verdade se chama Luiz Henrique Teixeira, e tem 31 anos. Diego, 29, foi batizado
como Diego Barros Silva.
Compositores,
cantores e instrumentistas, os gatos têm três CDs e dois DVDs e fazem em média
18 shows por mês.Henrique cursou
três anos de Direito e Diego chegou a entrar na mesma curso. Mas para ambos a
música falou mais alto. Eles se jogaram na carreira, apresentando-se em
barzinhos. Isso até se tornarem mais conhecidos por músicas como Top de Verão,
Zuar e Beber e Festa Boa, gravada com Gusttavo Lima.
TITITI – Como começaram a cantar juntos?
Henrique – Durante
uns dois anos participei de uma banda de baile junto com um primo do Diego. Um
dia, ele substituiu um músico que faltou e ficou por lá também. Depois formamos
a dupla para nos apresentarmos nos barzinhos.
E o interesse pela música, rolou como para cada um de vocês?
Henrique – Comecei na época da escola. Lá, fui criando coragem de soltar a voz e
comecei a cantar e a tocar violão.
Diego – Venho de uma família de músicos, meu avô é maestro. E
desde muito novo comecei a cantar e a tocar alguns instrumentos.
Algum show foi memorável, o mais bacana ou mais maluco da carreira?
Henrique – Um show inesquecível para mim foi o da gravação do
nosso segundo DVD, Tempo Certo – Ao Vivo
em Campo Grande. Vivenciei a criação de cada música, o desenvolvimento até
a gente cantar no palco. E me lembro
como se fosse hoje. Está muito claro ainda na minha memória.
Diego – O segundo DVD foi muito legal, bem emocionante. Mas
o primeiro, Henrique & Diego, pra mim foi especial, porque veio num momento
que a gente mais precisava mostrar a nossa cara para o público.
Qual a maior loucura que alguma fã fez por vocês?
Henrique – Tem um fã que tatuou as iniciais do meu nome no
braço dele com os dizeres “amor pra vida inteira”. E na costela ele escreveu “H
eternamente”. O que mais me marca é isso dos fãs se tatuarem e viajarem para
ver os shows.
Diego – Tatuagem é uma coisa bem pessoal, né? Geralmente
quem faz é porque tem um significado muito importante para a pessoa, e você ser
esse significado… Não tem loucura melhor no mundo, comove.
Têm alguma tatuagem?
Henrique – Tenho três, em homenagem a minha mãe que faleceu. Acredito que me trazem
energias boas. Às vezes, quando tô um pouco pra baixo, aí eu olho ou passo a
mão.
Saíram e saem com fãs?
Diego – Tem
aquela fã mesmo que adora você e seu trabalho. E outro tipo de fã que vai no
seu show porque é divertido, ou porque acha o cantor bonito e interessante…
Aí, já rolou e pode rolar alguma coisa.
O que fazem para se divertir?
Henrique – Gostaríamos muito de ir pra fazenda pescar. Mas por
falta de tempo ficamos mais no videogame, vendo filmes em casa ou no cinema e
indo a restaurantes. E a gente se diverte.
Diego – Ah, e jogamos futebol, também.
Passaram por alguma grande dificuldade?
Diego – Você quer saber se passamos fome, sede, vontades?
Sim! (Risos). História triste todo
mundo tem pra contar. As pessoas precisam pegar os exemplos de superação e
levar para a vida.
Henrique – No começo da carreira, a gente dependia totalmente
do dinheiro que ganhava em shows. Não tínhamos empresário, nem estrutura e, às
vezes, não apareciam apresentações. Então, muitas vezes não pagamos o aluguel e
fomos despejados. Moramos de favor. Algumas vezes, a gente não tinha como
voltar pra casa e aí dormia na rua, dentro do carro.
Vamos falar de amor… Como está
o coração?
Diego – Ambos temos namoradas. Mas a gente não gosta de
expor as meninas, então preferimos mudar de assunto.
Mas pensam em se casar?
Henrique – Sim! A gente trabalha na noite, com a música, nesse
mundo muito louco. Mas quando o show termina voltamos pra a nossa casa e
levamos uma vida bem normal. Então a gente pensa em ter filhos, em casar, em
entrar na igreja e aquela coisa toda.
Como é a relação com a família?
Diego – A gente viaja dois, três meses e aí tira uns dias
de folga pra ficar com a família.
Henrique – Pra mim é bem difícil falar sobre isso. Perdi minha
família muito cedo: minha irmã, meu pai e depois minha mãe. Fui ficando
sozinho. Os fãs viraram a minha família! Acho que tio, tia, primo é tudo
parente, família é pai, mãe e irmãos. Ou sua esposa e filhos… Então, minha
meta é construir minha família.
Como foi gravar com o MC Guimê?
Henrique – Divertido demais. Suíte 14 tem malícia, mas não é
vulgar, explícita. Tinha conhecido o Guimê em São Paulo, aí falei com nosso
empresário. E foi tudo assim, falamos na terça e na quarta e a gravação do DVD já
foi no domingo.
Diego – Rolou uma coisa meio surreal, porque era uma música
que ninguém conhecia, mas a energia foi tão boa e na hora que ele entrou no
palco, a galera enlouqueceu.
Ainda sentem um friozinho na barriga antes do show ou já se acostumaram?
Henrique – O frio na barriga é de ansiedade. Quando termina
uma frase de cada música, eu fico todo arrepiado, parece que tem alguém
assoprando a minha nuca, é um trem doido.
Diego – O dia que você
subir no palco e não tiver o frio na barriga é porque não há mais tesão e
acabou a vontade de cantar.
Como lidam com a fama?
Diego – Ser famoso é gostoso demais… Sair na rua e a
pessoa pedir pra tirar uma foto com você é o sonho de qualquer um que pega um
violão e começa a cantar com o desejo de se tornar artista.
Henrique – A melhor parte da carreira de um cantor é quando
ele é reconhecido. Estamos vivendo isso agora!