A atriz revela que dispensou dublês para realizar as cenas de ação de sua personagem
Mesmo tendo passado dez anos de sua primeira novela, Eterna Magia, o rosto meigo de Isabelle Drummond permanece como o de uma boneca. No auge da juventude, aos 23 anos, a atriz vive o desafio de interpretar sua primeira protagonista solo, a Anna Millman, de Novo Mundo. Antes disso, a niteroiense dividiu com outras estrelas os papeis centrais de tramas como Cheias de Charme (2012), Sangue Bom (2013) e Sete Vidas (2015), além de ter sido a Helô, da primeira fase de A Lei do Amor, participação que durou apenas cinco capítulos. A Lei do Amor também inaugurou sua parceria com Chay Suede, com quem faz um par romântico novamente. “O Chay é um ator muito intenso. Estamos nos redescobrindo muito nessa nova jornada. Já temos muita intimidade, por conta de A Lei do Amor, por isso, o trabalho flui melhor”, revela.
À frente de seu tempo
Embora Novo Mundo seja ambientada entre 1817 e 1822, Anna é uma mulher à frente do tempo. Num momento em que o Brasil fervilha por transformações, por conta do retorno da família real para Portugal, a professora questiona as situações sociais e políticas. “Anna tem um olhar especial, cheio de poesia do mundo. Ela acaba reproduzindo isso em pinturas e nas histórias que escreve. É muito diferente das mulheres da época. Anna é questionadora e corajosa. Gosta de transformar uma situação, de pensar sobre os modos de vida. Hoje, temos mulheres assim, graças às figuras femininas de antigamente, como a Anna”, afirma.
Muita coragem
Anna foi inspirada em Maria Graham, figura real que educou as filhas de Leopoldina e de de Dom Pedro. “É bem semelhante. Mas como temos a história de amor, abandonamos o nome Maria e adotamos Anna. A essência e o tipo de mulher, em algumas situações, Maria é a referência”, avisa Isabelle, que defende sua personagem com unhas e dentes. Um dos motivos é ter uma característica em comum com ela: a coragem. “Não sou de me conformar com os modelos. Acabo indo na contramão de muitas coisas que vejo. Faço as minhas escolhas fiéis ao que eu acredito”, conta ela, que passou por um laboratório intenso para viver a heroína.
Transformação geral
De cabelos pretos e compridos, resultado da tintura e de colocação de apliques, Isabelle imergiu no Brasil do século XIX para compor a Anna. E a transformação não foi apenas na cor dos fios. Por conta das aulas de pintura, ela desenvolveu uma paixão pelas artes visuais. “Gosto de brincar com tintas. Levo aquarelas na bolsa. A pintura me estimula e é terapêutica. Em casa, tenho muitas telas feitas por mim”, afirma a atriz, que também fez aulas de caligrafia. Já para as cenas de ação, Isabelle revela que não precisou de dublê em nenhuma sequência da novela. “Nunca tinha feito cenas de ação como as de Anna. Foi um aprendizado enorme, porque é muito complexo. Não usei dublê e o resultado ficou muito legal”, finaliza.