Ela canta, atua, é ligada em moda, pratica exercícios físicos radicais, quer ter uma escola de arte, casar e viver fora do país
A pele negra e os lábios carnudos exaltam a garra e a simplicidade de Jeniffer Nascimento. No ar como a caipira Dita, de Êta Mundo Bom!, a atriz e cantora vive um momento fantástico em sua carreira e na vida pessoal. Depois de emendar Malhação Sonhos (2014), em que viveu a cantora Sol, com a atual trama das 6, a paulistana está aprendendo a gostar mais da natureza por causa de sua personagem. Nas horas de folga da novela, ela pratica rapel e trilha e não esconde que ama sentir a adrenalina aflorar na pele. “Sempre saio da trilha com as energias renovadas”, revela a atriz, de 22 anos que completou um ano e meio de namoro com o também ator Jean Amorim.
Quais são as características mais marcantes da Dita?
Ela é tímida e ao mesmo tempo é espontânea. Também é ambiciosa, observadora e engraçada, porque fala sem pensar. Só depois vê a besteira que disse. O público morre de rir das brigas dela com a Cunegundes (Elizabeth Savalla). Dita é muito abusada.
Você também fala o que “dá na telha”, assim como a Dita?
Depois da Sol, de Malhação, eu fiquei mais assim. No começo, por estar na profissão desde cedo, sempre pensava muito antes de falar. Quando a Sol apareceu em minha vida, comecei a ver que eu poderia defender as minhas ideias. Hoje, exponho mais o que penso. Óbvio que sei discernir as coisas, mas aprendi a me colocar melhor.
Está gostando de participar de uma novela de época?
Amo novela de época. Eu venho do teatro, então, gosto muito dessa magia. Figurino é muito importante. Tenho que estar com tudo impecável, caso contrário não me sinto inteira para estar em cena. Temos peças no vestuário dos próprios anos 1940.
Você é muito ligada em música…
A música está em minha vida desde que eu nasci. Meus pais (Anaildo Nascimento e Sandra Nascimento) sempre gostaram muito, apesar de nenhum deles seguir a carreira musical. Quando eu era criança, meu pai me fazia dormir com as canções da Whitney Houston. Sempre gostei de cantar, mas não era nada afinada. Os vizinhos reclamavam. Depois que fiz um teste para o musical Peter Pan, descobri que tinha potencial. A partir dali comecei a me dedicar de verdade ao canto.
O que você gosta de vestir?
Sou muito eclética. Vejo as revistas, sigo os perfis em redes sociais que postam looks. Mas eu coloco a minha personalidade naquilo que uso. Não tenho um estilo definido. Gosto de improvisar turbantes, de misturar. Curto croché, estampas, roupas coloridas, brancas, porque a minha cor favorece. Sem falar nos sapatos, que é um item que eu amo.
Como cuida do seu cabelo?
No último capítulo de Malhação, a produção tirou as tranças e a gente descobriu um cabelo black power em cachos vivos. Me surpreendi muito. No começo foi um processo de reconstrução. Hidrato os fios pelo menos uma vez na semana. Lavo todos os dias e uso o secador, porque gosto de ter um black armadão. E faço fitagem, que é pegar o creme de hidratação e separar cacho por cacho para seu cabelo reconhecer como tal.
Curte fazer exercícios físicos?
Aderi ao neopilates. É uma evolução do pilates. A gente trabalha com acrobacias, usa o tecido do circo. É uma mistura de pilates e circo, junto com treinamento funcional. Estou apaixonada por essa atividade. Também faço rapel e trilhas. É um contato ótimo com a natureza. Sempre saio com as energias renovadas depois de fazer as trilhas, fora que é ótimo para a saúde e o condicionamento físico.
Quais são seus próximos passos?
Tenho muita vontade de fazer cinema e ter uma escola de artes. Quero casar com o Jean e ter dois filhos com ele. Gostaria de criar as crianças no exterior, onde o ensino é mais completo.