Ela conta como concilia a carreira de atriz e cantora, fala sobre espiritualidade e revela como é a sua rotina de exercícios: “Não sou muito encanada em manter a forma a qualquer custo!”
Em Além do Tempo, Letícia Persiles repete a parceria com
Elizabeth Jihn. Em 2012, a atriz e cantora protagonizou Amor Eterno Amor, que
também falava sobre espiritualidade, tema recorrente da obra da autora. Aos 32
anos, a carioca começou sua carreira na
TV na minissérie Capitu (2008), interpretando a personagem-título. O diretor
Luiz Fernando Carvalho viu uma foto da bela em um jornal e ficou encantado pela
força de seu olhar, característica comum a Capitu. A parceria profissional
entre os dois virou um casamento de quatro anos, cujo fruto principal é o pequeno
Ariel, de 6 anos. “Ele é a razão da
minha vida”, diz Letícia, que, atualmente, namora o ator e diretor Michel
Bercovitch.
Como podemos definir a amizade entre Anita e Lívia (Alinne
Moraes) em Além do Tempo?
Elas são melhores amigas, verdadeiras. Anita é uma escudeira
da Lívia. Ela sempre a protege e a defende. Está ali para apoiá-la em tudo. É
uma amizade muito linda.
O que você e Anita têm em comum?
Todo personagem chega pra gente por algum motivo. Acredito
que existe uma ligação e eu me identifico com a Anita em diversas situações.
Como é trabalhar pela segunda vez com a Elizabeth Jihn?
A Elizabeth é uma querida. Tenho muito carinho e admiração
por ela, por tudo o que fez até hoje. Fiquei muito feliz e emocionada quando
recebi o convite para estar em uma novela dela novamente.
Quais as diferenças de atuação em uma novela atual e uma de
época?
O principal é que, num personagem de época, a gente tem que
limpar a linguagem falada. Hoje, a gente tem um português diferente do usado no
século XIX, período em que a trama se passa. Tentamos nos aproximar ao máximo
do real nesse sentido. Mas as emoções são universais, não tem tempo nem lugar.
Como encara a questão da espiritualidade em sua vida?
Acredito na memória coletiva. Os atores trabalham muito com
isso, porque a linguagem da dramaturgia é muito antiga. A própria atuação é um
ritual que a gente resgata dos nossos antepassados. Tem alguma coisa mística
sim. A arte trabalha com o sagrado. Nós sempre estamos em contato com o
sagrado. Isso não tem a ver com nenhuma religião especifica e sim com o sagrado
num plano maior que vale para todas as religiões.
Como vai a vida de cantora?
A vida é feita de períodos. Às vezes você está atuando mais,
outro dia está cantando mais. Assim, vamos nos encaixando nas funções e
atividades. O bom é nunca ficar parada.
O que faz para manter a forma?
Não sou muito encanada em manter a forma a qualquer custo.
Não faço dietas malucas, nada disso. Eu amo fazer acrobacia aérea, aquela de
circo, com tecido. É muito gostoso e eu me divirto.