A atriz era a vilã de ‘Suave Veneno’ quando foi a capa da primeira edição da revista
Em 1999, ela era uma jovem estrela, de 26 anos, no auge da carreira. Por isso, Letícia Spiller foi escolhida para ilustrar a capa da MINHA NOVELA número 1. Na pele da terrível Maria Regina, de Suave Veneno, a atriz estava com visual diferente, de cabelo preto e curtinho. A chamada dizia que sua personagem ia parar num hospício. “Foi minha primeira vilã. Tenho muitas lembranças boas da história, da direção e do elenco”, conta.
Letícia ficou animada ao ver a edição que deu início à história de 17 anos da publicação. Na memória, um colega dessa época tem destaque. “Convivi com muita gente especial e lembro de cenas maravilhosas com o José Wilker, meu pai”. O ator (morto em 2014) chegou a sair em defesa da atriz, na época muito criticada. “Ela foi massacrada pela imprensa e ouviu tudo de cabeça erguida. Faz um dos melhores trabalhos da novela”, disse ele, em entrevistas.
Sol Nascente
Letícia já brilhava na Globo desde Quatro por Quatro (1994), quando fez a Babalu, grande amor de Raí (Marcello Novaes). Os dois ficaram casados entre 1995 e 2006. Agora, em Sol Nascente, voltam a fazer par romântico, o que não acontecia desde Zazá (1997).
E tem mais! O filho deles, Pedro, de 19 anos, também está no elenco, como o Vittorio (Marcello Novaes) jovem. “O Marcello é um querido. Babalu e Raí são inesquecíveis para nós. O nascimento do nosso filho saiu na capa de O Globo! Surreal!”.
Histórico de heroínas
Depois de Suave Veneno, vieram as protagonistas Flávia, de Esplendor (2000) e Diana, de Sabor da Paixão (2002). Após uma participação em Kubanacan (2003), logo foi outra vilã de Aguinaldo Silva, em Senhora do Destino (2004). “Fazia a Viviane, que não valia nada!”
Encontros profissionais
Na minissérie Amazônia (2007), viveu a Anália. “Foi mágico conhecer a casa de Chico Mendes. Já tinha ido para a Amazônia, estava inserida nesse universo”, diz. Ainda em 2007, outra trama de Aguinaldo Silva, Duas Caras. Como a Eva, fez par com Oscar Magrini. E pouco depois, foi a Betina de Viver a Vida (2009). “A minha única novela do Maneco.”
Ela volta a trabalhar com Gloria Perez em Salve Jorge (2012). “O tema era alienação parental. Celso (Caco Ciocler) jogava a Raíssa (Kíria Malherios) contra a mãe, Antonia. Comigo é oposto! Com o Marcello, o Lucas (marido e pai de sua filha Stella, de 5 anos), a Sheila (ex-mulher do Marcello), somos família.
Paixão pelo ofício
Letícia não se queixa de emendar um trabalho no outro. Muito pelo contrário! A atriz viveu a Lola em Joia Rara (2013), logo depois, a Gilda de Boogie Oogie (2014) e a Soraya, em I Love Paraisópolis (2015). “Se o personagem me encantar, aceito! A Lenita me conquistou também porque posso cantar. Fiz dois musicais Rock And Roll no teatro e agora vivo uma roqueira. Está sendo ótimo!”