Apresentador que tem um irmão gay foi alvo de críticas
Na semana final do segundo turno das eleições 2018, o apresentador Luciano Huck decidiu falar pela primeira vez para quem vai o seu voto. Em um vídeo publicado em seu perfil no Instagram, ele declarou que jamais votaria no PT e que precisa optar por Jair Bolsonaro, alegando que ele pode ter “amadurecido” suas ideias. No entanto, gerou polêmica e muita repercussão o fato do apresentador da Globo ter um irmão gay.
Bolsonaro é notório e conhecido crítico do que ele chamou de “kit gay” do governo do PT, e autor de algumas piadas homofóbicas, sempre muito criticado pela comunidade LGBT. O irmão de Huck se chama Fernando Grostein e, recentemente, falou sobre como ele reagiu na descoberta, em entrevista na Globo.
Em participacão no programa Conversa com Bial, Grostein afirmou:
“Lembro que o Lu, meu irmão, pessoa que amo de paixão, incrível, me falou: ‘Você demorou 20 anos pra resolver isso na sua cabeça, a gente precisa de um tempo aqui também para resolver dentro de nós’. A partir disso a gente se aproximou”. No entanto, no vídeo sobre Bolsonaro, Huck não entrou nessa questão.
Ele apenas limitou-se a dizer:
“Fiz uma análise ao longo da semana sobre as duas candidaturas. No PT eu jamais votei e nunca vou votar, isso é fato. Bolsonaro… acho que as pessoas podem amadurecer, ele está ganhando uma chance de ouro, vamos aguardar”.
Luciano Huck chegou a ser um dos nomes mais especulados para concorrer à Presidência da República. Segundo colunistas especializados em política, ele só não aceitou embarcar nessa aventura por causa da negativa de Angélica, sua esposa.
Huck, no entanto, não fechou totalmente as portas para uma possível candidatura em uma futura eleição, tanto que continua ativamente opinando sobre temas que envolvem o mundo político. Ele chegou a escrever um texto na Folha de São Paulo onde criticou Bolsonaro:
“Tendo a não acreditar que se eleito, Bolsonaro invista no caminho do autoritarismo ditatorial, com atos extremos como fechamento do congresso, censura na mídia, perseguição política e outros radicalismos antidemocracia. Mas temo sim que o discurso de ódio ou de desprezo pelo diferente na boca de um mandatário eleito pela maioria, legitime violência e discriminação”, escreveu Huck.