A atriz que está interpretando a Rebeca de ‘Haja Coração’, fala como chegou aos 50 anos sem grilos
Aos 50, Malu Mader é um modelo de realização pessoal e profissional. Além do casamento bem- -sucedido com o músico Tony Bellotto, e dos filhos João e Antonio, de 21 e 19 anos, a carioca coleciona uma lista de personagens marcantes em sua carreira. No ar, em Haja Coração, a atriz mistura drama e comédia para compor a Rebeca, sempre às voltas com Aparício (Alexandre Borges) e suas amigas Penélope (Carolina Ferraz) e Leonora (Ellen Rocche). Sem frescuras, Malu garante que não vive crise de idade e confessa que tem preguiça de fazer exercícios físicos para manter a forma. Confira!
Esta é a sua terceira novela das 7 seguida. Tomou gosto pela faixa?
Calhou de ser. Foram os convites que mais gostei e acabei aceitando. Como participei da primeira versão de Ti-Ti-Ti (1985), quis fazer o remake em 2010. Já em Sangue Bom (2013), me encantei com a personagem, que era diferente de tudo o que eu já tinha feito. E Haja Coração é um universo novo para mim. Mas confesso que, em meu atual momento, a comédia é o que mais gosto de fazer.
Após 33 anos de carreira, o prazer é fundamental, não é?
O que ajuda mesmo é fazer um trabalho que toca no seu coração, porque assim fica mais fácil de conquistar o público. Sempre fiz minhas personagens com muito entusiasmo, dando o melhor de mim. Acreditando que aquilo ia deixar as pessoas emocionadas.
Seu curta Contratempo (2004) foi muito bem recebido. Não pretende voltar a dirigir?
Quero sim. Mas minha intenção é mais aprender do que encarar um filme de ficção. Você tem que estar muito segura para fazer. É uma longa estrada pra mim. Nunca fantasiei dirigir uma novela. Sempre pensei em trabalhar com obra fechada, porque temos mais domínio do que estamos fazendo. Novela é para os corajosos e para os heróis que trabalham com esse tipo de produto há muito tempo (risos).
Você sempre se considerou tímida. Ainda está assim?
Um ator falando que é tímido parece fazer gênero. Mas sou uma tímida falante, por isso, fica muito difícil acreditar que sou assim, porque não pareço. É curioso! Geralmente, com o passar dos anos, qualquer um adquire certa desenvoltura. Comigo foi o oposto. Ao invés de ir me soltando, dei uma travada e fiquei mais tímida.
Passou pela crise dos 50 anos?
Às vezes, você passa por situações difíceis em outro momento. Já tive crises, não necessariamente de idade, mas em momentos profundos e secretos. São coisas que te acontecem durante a vida toda. Agora, por um acaso, não estou em crise. Envelhecer é difícil pra todo mundo, sem duvida. É um grande desafio. Dentro de uma média está tranquilo. Por enquanto, está dando para encarar (risos).
Como mantém a forma?
Tenho muito preguiça de academia. Mesmo nos momentos em que tive animação de ir. Também não gosto de correr. Curto jogar tênis, mas de brincadeira. Andar de bicicleta e dançar, o que há tempos não faço aula de dança. Mas faço tudo isso muito pouco, porque sou indisciplinada. Uso a desculpa de estar gravando para sumir dessas atividades.