Intérprete do Felipe, de ‘Sol Nascente’, o ator fala sobre seu papel na trama
Gaiato, como sempre, Marcelo Faria solta uma gargalhada quando é indagado como está lidando com tantos triângulos amorosos em que seus personagens andam envolvidos. Em Sol Nascente, como Felipe, ele divide a mesma mulher, Lenita (Letícia Spiller), com Vittorio (Marcello Novaes). E, no cinema, vai aparecer como veio ao mundo, na pele de Vadinho, o falecido marido de Flor (Juliana Paes), em Dona Flor e Seus Dois Maridos, que estreia em 2017. Aliás, espetáculo que ele estrela desde 2008. “Qual é? Sou homem de fazer triângulo com outro homem?”, diverte-se.
O lado brincalhão desse carioca, de 41 anos, desaparece quando tem que tocar em assuntos sérios. Como seu lado paizão, o casamento de seis anos com a atriz Camila Lucciola e a dor de ter perdido, em meados de setembro, o ator e amigão, Duda Ribeiro, morto aos 54 anos. “Era um parceiro de camarim”, lamenta. Não é para menos. O primeiro trabalho de Marcelo e Duda foi a peça Zero de Conduta, em 1994. Também no teatro, os dois atuaram em em D’Artagnan e os Três Mosqueteiros (1999), Romeu e Julieta (2000) e Dona Flor (2008), que, incluindo as viagens, durou cinco anos. “A transposição para o cinema, acabou sendo o último trabalho de Duda”, revela o galã, emocionado.
Como anda o triângulo entre seu personagem, o da Letícia Spiller e o do Marcello Novaes?
Epa! Triângulo coisa nenhuma! Não tenho nada a ver com isso, botando o Marcelão (Marcello Novaes) na parada. Meu negócio é com a Letícia! O triângulo é dela. É a mesma coisa no filme. O triângulo é da Juliana (Flor). Tô fora. Triângulo? Sou homem de fazer triângulo com outro homem, rapaz (gargalha)?
Dois Marcelos não se bicam?
Esse padeiro aí… Vou perturbar esse padeiro (risos)! Mas o Felipe é bem complicado… Felipe é muito querido. Um mala sem alça. Tão gente boa, que vira mala. É um cara que trabalha em banco, todo certinho. Mas, por baixo é cheio de tatuagens, anda de moto…
Ele tem um lado B forte?
Tem um lado extravagante. Ele é apaixonado pela Lenita, mas conseguiu sufocar tanto a garota, que ela acaba indo para os braços daquele italiano.
Não é a primeira vez que você e a Letícia contracenam, não é?
Fiz Quatro por Quatro (1994) com ela. Aliás, com ela e com o Marcello: Babalu, Ralado e Raí. O Ralado também pegou a Babalu, não foi só o Raí. Quando ela queria fazer ciúme no Raí, apelava para quem? Para o Ralado (risos).
É… Você sempre está bem cercado por belas atrizes…
Verdade, dá pra ver que estou bem cercado. Juliana Paes, a minha Flor, Letícia Spiller… Não trabalho com coisinha. Contraceno só com filé mignon. Quem gosta de comer ração, é gato. Quem faz o Teodoro, o marido enganado, no filme é o Leandro Hassum. O cara está arrebentando.
E o casamento com a Camila?
Está ótimo. Ainda mais com o o presente maior da relação, a Felipa, de cinco anos. Linda!
Puxou a mãe (risos)?
Graças a Deus (risos). Mas, se a Felipa parecesse comigo, Com Carol Castro e o saudoso Duda em uma das montagens de Dona Flor e Seus Dois Maridos também seria linda (risos).