O ator, que vive o personagem o Ricardo em ‘Malhação – Pro Dia Nascer Feliz’, fala sobre a relação com a filha, Allicia
Já foi o tempo em que Marcos Pasquim vivia descamisado, exibindo seu peitoral sarado, como pode ser visto na reprise de Cheias de Charme (2012), encarnando o surfista Gilson. Em Malhação – Pro Dia Nascer Feliz, Marcos assume, pela primeira vez, o papel de pai de família. Ricardo tem quatro filhas completamente diferentes entre si. Apaziguar a tumultuada relação das meninas e administrar a academia é a principal missão do personagem. “Nunca fiz uma novela inteira com um papel que tivesse filhos. Como sou pai na vida real de uma só, está sendo maravilhoso tomar conta de quatro meninas. Como veterano, é muito gostoso passar a experiência dos mais de 20 anos de carreira que eu tenho”, comemora o paulista.
Pai da vida real
Se, na ficção, Ricardo se desdobra com as quatro filhas, na vida real, Marcos é só amor com a herdeira, Allicia, de 12. “Ela é muito amiga. Mas não troca confidências comigo não. Mas sei que isso é próprio da idade. Ela já teve mais ciúmes de mim. Quando era menor, as pessoas me pediam fotos, ela não gostava. Hoje, é tranquilo”, afirma Pasquim que mora na mesma rua da herdeira, para que a saudade não aperte seu coração. “Allicia mora com a mãe (Fabiana Kherlakian), então, a vejo sempre que posso. Apesar do acordo de encontrá-la de 15 em 15 dias, não levamos isso ao pé da letra. A mãe viaja muito e ela fica comigo”, revela, feliz.
Melhor que nunca
Aos 47 anos, Marcos demonstra estar cada dia mais em forma e feliz com o seu corpo. “Sempre gostei de praticar esportes, dormir bem e me alimentar direito. O meu visual de hoje é só consequência do estilo de vida que eu tenho. Desde os 16 anos, que eu me cuido. Não me acabo numa academia e não faço dietas absurdas. Além disso, minha genética ajuda”, revela. “Eu também não tenho tendência a engordar, apesar de que, depois dos 40, o metabolismo ficou mais lento. No jantar só como proteína. Mas não me privo de nada”, ensina o ator, que fez sucesso, recentemente, ao criar um perfil nas redes sociais.
Novas descobertas
Os primeiros dias do galã como internauta causou alvoroço. Ao criar a conta no Twitter, Pasquim foi parar no topo dos assuntos mais comentados no dia. Os fãs enviaram fotos sem camisa, em homenagem aos personagens descamisados do galã. “A internet ainda é um buraco negro pra mim. Não tenho o hábito de navegar. Sou da era do Bip, do Teletrim (antigo aparelho de comunicação). Minha filha não vive sem a internet. Todas as minhas dúvidas sobre esse universo eu pergunto para ela (risos)”, diverte-se.
Novos ares
Apesar de ter sido lembrado no Twitter pelos papéis sensuais, como o Esteban, de Kubanacan (2003), e Lance, de Pé na Jaca (2006), Marcos não tem mais vontade de voltar a fazer esse tipo de personagem. “Estou com o corpo de quase 50. Se tiver escrito para fazer, vou lá e faço. Mas não seria uma coisa da minha vaidade. Hoje, não vou mais batalhar para ter um corpão, como eu fazia antigamente. Deixo isso para o pessoal mais jovem”, explica ele que se decepcionou com sua participação em Babilônia (2015). O ator topou fazer o homossexual Carlos Alberto, que acabou não sendo gay. “A mudança foi frustrante. Eu tinha visto filmes de temática gay, fui a workshops, estudei muito. E fiquei sem chão quando descobri que Carlos Alberto não seria mais gay. Para o meu crescimento como ator, teria sido muito bom”, lamenta.