‘O elenco é motivo de orgulho. Eles me fazem ter vontade de escrever melhor!’, conta a autora
Você já deve ter visto o nome de Maria Helena Nascimento creditado na abertura de várias novelas como colaboradora. Agora, com Rock Story, a escritora assume sua primeira trama como autora principal. A carioca, apesar de ser formada em Jornalismo e nunca ter exercido a profissão, se encontrou na dramaturgia e construiu uma carreira em várias produções de sucesso, como Celebridade (2003) e Paraíso Tropical (2007). Aos 18 anos, ela começou a trabalhar com cinema, passando pelas funções de produtora e editora de vídeo, além de ter mexido com distribuição cinematográfica. Maria Helena participou, em 1990, de uma oficina de dramaturgia da Globo e iniciou seus trabalhos na TV. “Ali tive certeza de que era isso que eu queria”, afirma a autora de 55 anos, que também tem um romance (Olhos Baixos) e um livro de poesias (Gasolina Azul) publicados.
Como Rock Story surgiu?
Li a biografia de um dos meninos do One Direction e fui ficando fascinada com aquilo, porque as histórias são ótimas. A luta para se destacar, a fama, as fãs… Foi a partir disso que percebi o quanto a saga de uma boyband tem potencial. O grupo, contudo, é uma parte da trama. Aliei a isso à trajetória de um herói imperfeito, mostrando sua transformação numa pessoa melhor.
O que podemos esperar da trama?
Rock Story conta a história de pessoas que cometem erros na vida, mas que conseguem retomar as rédeas de determinadas situações e acertá-las de alguma forma. A novela traz uma mensagem de esperança, de possibilidades. E mostra que os erros, mesmo graves, podem ter conserto.
Como foi a escolha dos nomes de seus personagens?
Isso foi meio misterioso. Os quatro personagens principais, Gui, Diana, Júlia e Léo Régis, “trouxeram o nome”, como, às vezes, acontece com os filhos da gente ao nascer. Foram criados já com seus nomes e não sei explicar exatamente por que (risos).
Está satisfeita com a escolha do elenco da novela? Como foi a sua participação nessa seleção?
Estou mais do que satisfeita, estou nas nuvens com eles! Acho que não pode existir um elenco melhor. Participei da escolha sim, mas sempre tive uma enorme sintonia com o Dennis (Carvalho, diretor artístico) nesse sentido. O elenco é um motivo de orgulho. Eles me fazem ter vontade de escrever cada vez melhor.
Como é a parceria com o Dennis?
Maravilhosa! Ele tem uma experiência enorme que me deixa muito tranquila. É 100% parceiro, a gente troca figurinhas o tempo inteiro. Acho que temos o mesmo entusiasmo por esse trabalho.
Qual é a sua relação pessoal com a música? E como ela influenciou na concepção de Rock Story?
Todos somos ligados à música de alguma maneira. Na novela, a música também é, de certa forma, uma das protagonistas da trama. Em termos de estrutura dramatúrgica, o enredo fica mais forte quando a história é contada dentro de um universo particular. E a música funciona porque está presente na nossa vida e dá uma carga sentimental maior no contexto, afinal, está ligada diretamente às emoções. Quando eu era adolescente, sonhava em ser backing vocal de alguma banda de soul.
Você trabalhou muito com Gilberto Braga e Antonio Calmon. Se considera discípula deles?
Sou discípula deles sim! Adoro e admiro os dois. Minha relação pessoal e profissional com eles sempre foi a melhor possível. São pessoas muito importantes pra mim, além de grandes mestres.