A cantora prestou queixa na sexta-feira, 26, depois de uma de suas redes sociais ser invadida por uma onda de preconceito
O preconceito não calará a voz de
MC Carol. Na sexta-feira, 26, a funkeira, uma das atuais sensações do ritmo,
foi até a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), no Rio de
Janeiro, para denunciar a onda de comentários preconceituosos, racistas, que
tomaram conta de sua página em uma rede social. “Acho que por ser mulher, gorda
e negra incomodo muita gente, mas realmente não entendo porque tem quem gaste
tempo só para ofender os outros na internet”, ponderou ela, em entrevista à
TITITI.
As ofensas – mais de 400
comentários feitos por cerca de 100 usuários diferentes – foram publicadas na
madrugada de quarta, 24, e segundo a cantora, a polícia já trabalha para
identificar os criminosos. “Foi um grupo que mira em uma pessoa por dia para
atacar e já tinham feito isso com outros artistas, mas não quero dar audiência
para esse povo, porque é o que querem”, explica.
A cantora não quis se calar sobre
o incidente para incentivar outras pessoas que já passaram por isso a correrem
atrás de seus direitos. “Já abaixamos nossas cabeças para muitas injustiças e
não podemos deixar as pessoas acharem que por estarem ofendendo pela internet
não é crime”, considera a MC, que quer mostrar para a sociedade que denunciar o
preconceito faz, sim, diferença.
Com músicas que enaltecem a
beleza negra, a mulher e questionam os padrões de beleza, MC Carol explica que
ainda pretende denunciar o episódio em uma canção. “Um dia devo escrever sobre
isso, mas por enquanto vou incentivar as pessoas dando exemplo”, justifica ela,
que ainda convoca as leitoras de TITITI a não deixarem o preconceito passar em
branco. “Não me importo com que os outros acham de mim porque sou o que sou.
Não deixem ninguém falar que você é menor ou pior que alguém porque só você
sabe quem você é”, dispara.
Na mesma semana, a cantora Preta
Gil também denunciou ataques racistas recebidos em suas páginas nas redes
sociais. Assim como as musicistas, a atriz Taís Araújo e a jornalista Maria
Júlia Coutinho também foram ofendidas na internet e procuraram a polícia para
denunciar.