A atriz dispara: ‘Eu, como atriz, tento estar alerta a todos os sinais que estão à minha volta’
Saída do romance Orgulho e Preconceito, de Jane Austen, Elisabeta toma cores e forma no corpo de Nathalia Dill, que encara o desafio de interpretar uma personagem já existente na literatura, em Orgulho e Paixão. Não bastou a atriz apenas ler a clássica obra inglesa, mas se aprofundar nos costumes do início do século XX, época em que a trama é ambientada. Embora exista um filme homônimo adaptado ao romance, lançado em 2005, a atriz preferiu não assistir ao longa para não se deixar influenciar. “Eu li o livro, mas fiquei com receio de ver o filme. Preferi me basear nos capítulos e no romance apenas. Mas, agora que já gravamos bastante a novela, estou com vontade de ver o longa”, afirma a carioca, que vive uma jovem feminista na trama das 6.
Na trama das 6, Elisabeta vestiu roupa masculina Foto: Divulgação
Uma sociedade mais justa
Elisabeta quebra paradigmas de uma sociedade tradicional e é avessa ao casamento, para o desespero da mãe, Ofélia (Vera Holtz). Nathalia acredita que a personagem a inspira a ser uma pessoa mais contestadora. “A época era muito atrasada para as mulheres, assim como o tempo atual também é. Muitas mulheres são à frente do tempo, porque querem e conquistam seus direitos e desejos. Só pelo fato de Elisabeta não baixar a cabeça, já é algo que me inspira”, ensina a atriz, que completou 32 anos no dia 24 de março. Na vida real, Nathalia levanta bandeiras a favor de uma sociedade mais justa para todos. “É uma luta muito forte. Você está sempre tendo que brigar contra um sistema que já está estruturado. Qualquer mudança na sociedade é sofrida e difícil. Eu, como atriz, tento estar alerta a todos os sinais que estão à minha volta”, conta a jovem, que logo estará em cartaz com o filme Incompatível.
As duas faces de Nathalia em Rock Story: as gêmeas Júlia e Lorena
Inovar sempre
Ao fazer sua sétima mocinha na televisão, Nathalia não tem receio em ter que se reinventar a cada novo trabalho. Para a atriz, ela teve sorte de ter dado vida a personagens bastante diferentes. “Sou muito feliz por minha trajetória. Dei muita sorte por fazer trabalhos tão variados, que não vejo nunca num mesmo lugar. Se for olhar, fiz a gemêa má (a Lorena de Rock Story/ 2016); em Liberdade Liberdade (2016) fui uma vilã (Branca)… Não acho que a minha história seja igual. A reinvenção vem sempre”, afirma a ariana. Embora seja marcada por boas moças, Nathalia tira de letra na hora de interpretar personagens desse tipo e não encara dificuldades. “Quanto maior o leque que tiver o papel, melhor ele é, independente que lugar ocupa na trama. Se o personagem é rico, tem um colorido diferente, ele é interessante. Você pode fazer um tipo chapado que não será a mesma coisa. Diferente da Elisabeta, que tem humor, drama, romance e ironia ao mesmo tempo”, conta Nathalia, que também curte um momento especial em sua nova vida amorosa, por conta do namoro com o músico Pedro Curvello.