Bruna Marquezine cresceu na frente das câmaras, virou estrela e diz que, às vezes, precisa lembrar às pessoas que ainda é uma menina
Aos 22 anos, Bruna Marquezine já mostrava ao que veio desde pequena, quando estreou na novela Mulheres Apaixonadas (2003), de Manoel Carlos, interpretando Salete, personagem que emocionou todo o país. De lá para cá conquistou seu espaço junto ao primeiro time de estrelas da Globo e, desde a terça 9, faz sua primeira vilã, a princesa Catarina, da novela Deus Salve o Rei. Enfim, Bruna cresceu na frente das câmaras, virou símbolo sexual, como a Lurdinha, de Salve Jorge (2012) e, hoje, é um fenômeno nas redes sociais, com milhões de seguidores que torcem para que o casal Brumar (Bruna + Neymar) engate de vez, após a badalada e explícita reconciliação no último Réveillon, na paradisíaca Fernando de Noronha (PE). “Sou apenas uma menina, ou melhor, uma jovem mulher. Quero viver meus 22 anos, me permito ter 22 anos. Só isso!”, avisa Bruna, que, apesar de tanta exposição nas redes sociais, evita falar do namoro vai e volta com o craque do Paris Saint-Germain. Mas ela assume que ficou muito assustada quando teve a sua vida afetiva devassada. Confira o papo com a bela atriz.
Você parece estar mais madura. O que mais mudou na sua vida?
Fui crescendo nesse mundo da TV. Quantas vezes a gente muda de pensamento, da maneira de se vestir. Todo mundo passa por transformações. A diferença é que me acompanharam e se sentem no direito de me cobrarem. Graças a Deus, todo dia eu acordo um pouco diferente (risos). Sou muito jovem, tenho apenas 22 anos. Estou na fase de muitas descobertas, de autoconhecimento. É o que tenho buscado, me conectando cada dia mais com o meu lado espiritual, lidando com a minha alma que, realmente, é o que interessa. Quem eu sou como imagem, o que sou no meu trabalho, o que represento na minha arte.
Mas deve ser difícil ficar sempre no foco dos fãs e da mídia, não é?
Às vezes é meio cruel sim ser cobrado por algumas coisas, certas posturas. Por causa desse mundo louco, às vezes, esqueço que tenho apenas 22 anos de idade. Que tenho que me permitir ter 22 anos. Sou apenas uma menina.
A atriz está formando um casal caliente com o português José Fidalgo
Você segue uma religião?
Sou uma pessoa de muita fé, independente de religião. Busco cuidar de mim, de verdade. Vivemos num mundo de aparências e quando ela (a aparência) está do jeito que a gente quer, esquecemos do lado humano, do interior. E é isso que estou priorizando. Deus não une pessoas, une propósitos. Se uma pessoa entra na sua vida, é porque tem um propósito definido. Acredito muito em Deus.
Lacrar nas redes sociais, como é o seu caso, às vezes incomoda?
Nessa era do Instagram a gente nunca divide o lado ruim, as dificuldades. Por muito tempo me cobrei ser um modelo de perfeição, até perceber que jamais seria. Só nas minhas redes sociais seria perfeita, mesmo assim nem para todo mundo. Por que não falar das nossas dores, do que nos incomoda? Prefiro dividir hoje o que é real ou não dividir nada. Buscar atualmente esse caminho na fé e com a ajuda de um excelente terapeuta. Até a moda tenho visto como uma maneira de me expressar, de me descobrir e nada de ficar numa zona de conforto. Fico superfeliz quando sei que uma menina usou o que deu na telha e não apenas aqueilo que me viu usando na revista.
A sofrida Salete, de Mulheres Apaixonadas (2003), tinha visões com a mãe morta
Como está se sentindo debutando como vilã do horário das 7?
A Catarina exige uma entrega e uma energia muito grande. É desgastante, mas prazeroso e muito divertido ao mesmo tempo. Ela é uma mulher dissimulada, calculista, sabe o que quer e vai à luta.
Já estava na hora de encarar o delicioso lado da vilania em uma novela, não acha?
Tudo tem o seu momento certo para acontecer. Tinha hora que não me achava capaz de viver a Catarina, um papel tão desafiador. Como acredito muito em Deus, sei que ele dá a cruz do tamanho que a gente pode aguentar, fui de certa forma abençoada com essa personagem. Tenho que me entregar totalmente a ele e é o que eu estou fazendo. A Catarina chegou numa hora em que estou mais madura como atriz e como mulher, uma jovem mulher, e com muita sede de trabalhar.