A evolução da enfermeira Nildes em Alto Astral, mostra que a atriz herdou o DNA do tio, Jorge Fernando. E a filha dela segue os mesmos passos
Aos 31 anos, a atriz Maria Carol celebra o crescimento de
sua personagem, a Nildes, em Alto Astral, e comenta que mesmo sendo sobrinha do
diretor Jorge Fernando, ela não tem privilégios dentro da trama ou durante as
cenas. “Profissionalmente, ele não passa a mão na minha cabeça, não; descasca
mesmo (risos). Quer que eu faça bonito, porque o mérito passa a ser meu. Vou
construindo a carreira devagar, pelo meu aprendizado e esforço pessoal”, disse.
A morena, que está participando do sétimo folhetim, aproveitou os intervalos
das gravações para conversar com MINHA NOVELA e contar sobre seus planos fora
da TV, sobre a relação com a filha Manoa, de 10 anos, e, claro, um pouco mais
sobre a atual personagem.
A Nildes vem crescendo na trama. O que você acha desse salto
da personagem?
Comecei sabendo que a Nildes era enfermeira do hospital que
pertenceria aos protagonistas. Imaginei que muita coisa aconteceria ali e que
existia uma possibilidade de crescimento. Como não sabia qual seria a trama
dela, claro que me surpreendi positivamente e estou adorando. É um presente
poder contracenar com a Débora Nascimento e com o Thiago Lacerda, que saca tudo
de televisão.
Mas você não é novata, entende do riscado, principalmente
porque vem de uma família envolvida com artes cênicas…
Sim, eu estudei muito, vivenciei, observei, assisti. Também
estou na sétima novela, mas como sempre faço personagens pequenos, não tenho
tanta possibilidade de exercitar como eu gostaria. Mas é muito bom estar perto
dessa galera que trabalha todo dia e sabe tudo de TV. É engrandecedor e todos
são generosos.
E fora da tevê, algum plano para os palcos ou para as
telonas?
Quando a gente está
fazendo uma novela, acaba não se envolvendo muito em outros planos. Não dá
muito tempo. Ainda assim, tenho projetos para depois que acabar. Amo fazer
teatro e costumo produzir as peças que faço, junto com a minha mãe, que é
produtora também. Tenho uma filha de 10 anos, penso muito em produzir um
musical infantil. Estamos em busca de textos. De novidade mais certa, tem o
longa que eu fiz do Marcus Dartagñan, o E.A.S – Esquadrão Antissequestro, que
deve ser lançado em breve. Interpreto a namorada do jogador de futebol que tem
a filha sequestrada. Foi bastante intenso. Adorei ter feito.
E como vai a filhota, Manoa?
Ela está ótima! Engraçado que também adora teatro. Tem 10
anos, mas já faz aulas no Catsapá (escola de musicais no Rio de Janeiro, que
desenvolve nos alunos o potencial artístico) há algum tempo. Ela faz dança,
sapateado e circo. Eu também comecei a estudar bem novinha, fiz Villa Lobos,
além de aulas de canto e dança. Sabe que fiz o Catspá também? Enfim, é algo que
vai passando de mãe pra filha (risos). A gente se dá bem e se curte muito.
Não tem como conversar com você sobre artes, interpretação,
cinema, teatro, TV e não mencionar seu tio, o diretor Jorge Fernando. Como é a
relação entre vocês dois?
Ser dirigida por Jorge Fernando é maravilhoso. Ele é meu
grande mestre, o cara que eu tento seguir como exemplo na vida. Além disso, é
carinhoso e se tornou um avôzão para a minha filha e um pai pra mim! Apesar de
ser meu tio, irmão da minha mãe, foi quem me criou junto com ela. A gente
sempre teve essa relação bacana de pai e filha. Profissionalmente, ele não
passa a mão na minha cabeça (risos). Em relação ao trabalho, ele descasca
mesmo. Percebo que ele quer que eu faça bonito e acho isso muito certo, porque
o mérito será meu. Então, vou construindo a carreira devagar, mas com firmeza.