Onze atores mirins contam como enfrentaram – com alegria e determinação – as dificuldades de estrelarem uma obra épica e grandiosa como a nova trama da Rede Record
Uma turminha pra lá de talentosa e desinibida roubou a cena
na primeira fase de Os Dez Mandamentos.
Chibatadas, muito choro, cantos em hebraico e sacrifícios, como raspar
os cabelos, além de gravar 11 cenas num dia, fizeram parte do dia a dia desses
11 atores mirins, mas com talento de gente grande. Em meio a muita alegria,
Enzo Simi (Moisés), Edu Pinheiro (Ramsés), Kadu Schons (Arão), Victorio Ghava
(Arão, na segunda fase), Gabriel Quaresma (Jairo), Isabella Koppel (Miriã),
Higor Castro (Nabade), Rafael Sun (Eleazar), Luiz Felipe Mello (Bezalel), Kaik
Brum (Abiu) e Giovanna Maluf (Nefertari) revelaram curiosidades sobre o
trabalho que desenvolveram na telinha da Rede Record.
ENTRE A CARECA E O APLIQUE
Quem sai na frente é Gabriel,
entregando logo que a labuta não é mole não: “Gosto de fazer, adoro! Acontece
que a gente precisa chorar muito, então, às vezes, fiquei cansado”, comenta,
recordando que outra grande tarefa foi raspar as madeixas: “Eu tinha um
capacete de cabelos (risos). Foi um desafio, mas estou curtindo o novo corte”.
Edu contemporizou: “Faz parte da nossa profissão e como quero muito continuar a
atuar, preciso me acostumar com as mudanças”. Enquanto uns rasparam a
cabeleira, outros precisaram colocar apliques. E Higor foi um deles: “Dá muito
trabalho. Tem que comprar creme, passar, cuidar e precisa estar sempre
penteado. Sinto orgulho de fazer parte de um trabalho assim!”
Mas não é só o visual que causa curiosidade na moçada. “Nada
é mais igual ao que usamos hoje: as roupas, os objetos, as armas. Na época,
lutavam de outra forma”, comentou Luiz Felipe, seguido pelo mascote da turma, o
falante Rafael: “As guerras aconteciam com pedras, espadas, lanças e batendo
mesmo. É tudo interessante, estou curtindo muito aprender sobre isso.”
APRENDIZADO NO TRABALHO
O desafio de Giovanna foi conciliar
a escola com as gravações. “Sempre tenho provas surpresa, mas agora está tudo
bem, já peguei o ritmo”, contou. Para Isabella, o que para qualquer um seria
dificílimo, ela tirou de letra: “Numa cena, eu cantei em hebraico para acalmar
o Moisés, bebê. Como sou judia, sei ler e escrever em hebraico…”, explicou:
“Por coincidência o nome da minha personagem é o mesmo nome que eu tenho em
hebraico: Miriã”, revelou a fofa.
Moisés é um exemplo Quando o assunto é o enredo e a
liberdade tanto batalhada pelo povo hebreu, a turma é unânime. “Faria de tudo
pela liberdade do povo como fez Moisés. Para ter ideia de como era grave essa
coisa toda de escravidão, o Apuk bateu no meu personagem, só porque ele pediu
um pão…”, lembra Higor, o mais velho das crianças. Mas não é só a idade que
permite com que ele entenda a importância da trama. Os menores também declaram
que sua vida melhorou depois desse trabalho. Luiz Felipe garantiu que anda
dando menos trabalho aos pais: “A gente vê que é muito importante se comportar melhor”, comentou. Já Kadu
contou que está tirando muita coisa boa dessa experiência: “Aprendi muito com a
novela e a história do Moisés. Um dos meus maiores desafios foi chorar em cena.
Tive que me concentrar num canto, até conseguir. Depois deu tudo certo e chorei
bastante”, explicou.
LIBERDADE E EDUCAÇÃO
Mas o assunto recorrente é sempre a
escravidão: “Eu iria lutar pela liberdade, ia fazer a minha parte”, disse Kadu,
apoiado pelo amigo, Victorio: “Eu ia batalhar sim, mas com a ajuda de Deus”.
Maduro, Edu reflete sobre as desigualdades sociais: “Nada é pior do que a
injustiça contra os necessitados!”
Sobre as agressões e as guerras, Enzo deixou os adultos
presentes de boca aberta. “Sim, eu lutaria pela liberdade. Mas a solução para
todos os males é a educação”, declarou o fofo. Mesmo demonstrando consciência
social rara para um grupo tão novinho, essa galera não esconde que também adora fazer atividades
típicas da sua idade. Passear no shopping, ir ao parque aquático, jogar
boliche, curtir uma praia, jogar paintball, videogame, ver filmes nos
tablets… “A gente saber que tem que ter tempo pra tudo. Pra trabalhar, pra
estudar e pra brincar”, comenta o gatinho Kaik. E quando o assunto é Deus,
todos proclamam: “Deus existe, claro! E é muito bom!”. Amém!